sexta-feira, 1 de março de 2019

Emissão de notas continua a dificultar finalização de vendas


Pensado para aumentar o controle do Fisco Estadual sobre os setores de comércio e serviços, a obrigatoriedade de adesão ao Módulo Fiscal Eletrônico (MFE) elaborado pela Secretaria da Fazenda (Sefaz) continua a causar transtornos aos estabelecimentos que foram obrigados a utilizar a ferramenta por conta de falhas técnicas que o sistema tem apresentado, segundo relatam empresários cearenses.

"No início, os consumidores esperavam muito para receber a nota fiscal e se sentiam insatisfeitos", revela Maurício Filizola, presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio-CE). O setor de serviços também sentiu impactos. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do Ceará (Abrasel-CE), o sistema foi pensado para o varejo, enquanto nos serviços, a realidade é outra.

"Para comprar diferentes produtos de uma só vez em um bar ou restaurante é complicado, porque na nota fiscal do consumidor tem de constar cada produto separadamente", explica Rodolphe Trindade, presidente da Abrasel-CE. Ele ressalta que os estabelecimentos do setor precisam que o sistema seja mais rápido. "Precisamos de mais agilidade em nossas vendas".

Preocupação

De acordo com o advogado tributarista Alexandre Linhares, a instabilidade do sistema do MFE tem diminuído. "Cerca de 10% das operações ainda apresentam falhas. Mas a preocupação real dos investidores é quando todo o setor cearense estiver com esse sistema, imagina se ele operar de forma integral", pondera o jurista sobre a preocupação dos empresários.

Já a Associação de Jovens Empresários do Ceará (AJE-CE) avalia que medidas como esta e da Lei de Sonegação Fiscal assustam o mercado. "Isso põe em risco a capacidade de empreender e investir", ressalta Rafael Fujita, presidente da entidade.

Fonte: Diário do Nordeste

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