terça-feira, 15 de julho de 2014

Fortalecimento das MPEs entrará na agenda do Brics


A maior interação entre as micros, pequenas e médias empresas dos países membros do Brics, bem como a adoção de políticas voltadas ao seu fortalecimento, serão uma agenda permanente das discussões futuras do grupo, segundo disse ontem o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, Mauro Borges, após reunir-se com ministros de comércio dos outros quatro países que compõem do grupo.

"Se pegarmos exemplos com os da China e da Índia, essas economias são ainda fortemente baseadas em pequenas e médias empresas, até mais, relativamente, do que os outros três países", afirmou Borges a jornalistas, durante a divulgação do comunicado conjunto resultante da reunião. Ele acrescentou que, no Brasil, as empresas desse porte têm sido "extremamente importantes" para a manutenção do emprego e para a inovação tecnológica, através dos avanços feitos por startups.

Ações

Conforme o comunicado divulgado após o encontro entre os ministros, ficou acertado que os cinco países buscarão promover a cooperação nessa área, através, por exemplo, do compartilhamento de informações sobre esse segmento, da adoção de novas políticas, e do incentivo ao contato entre as companhias de diferentes países. "Em todos os aspectos, esse vai ser uma agenda permanente para os ministros de comércio nas próximas reuniões", frisou.

Infraestrutura

O ministro também comentou a atuação do banco de desenvolvimento que o grupo pretende instituir nesta Cúpula. Ele ressaltou que o foco da nova instituição financeira será incentivar projetos de infraestrutura.

Um dos possíveis projetos a serem viabilizados, disse, é a construção de ferrovias no Brasil, as quais poderão ser feitas com apoio da China, que possui mais expertise no assunto em questão. Ele salientou que os investimentos realizados pela instituição serão voltados para o longo prazo. "No longo prazo, a infraestrutura é essencial para a nossa competitividade. Esse é o nosso principal objetivo ao criar esse banco", acrescentou.

O comunicado conjunto destaca o estudo realizado pelo Grupo de Relações para Assuntos Econômicos e Comércio (Cgeti, na sigla em inglês), o qual recomenda a promoção de exportações de maior valor agregado pelos cinco países e o fortalecimento do comércio dentro do grupo. O documento aponta ainda a necessidade de fortalecer o comércio eletrônico dentro do bloco, como forma de fortalecer uma cooperação econômica mais estreita entre os membros.

Fonte: Diário do Nordeste - CE

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