segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Divisão de lucro em pequenas empresas: veja como fazer


A divisão de lucro em pequenas empresas pode provocar sérias discussões entre os sócios. Grande parte dessas divergências surge devido à falta de informação e ao desconhecimento sobre as regulamentações que regem o assunto.

Na hora de dividir os lucros da empresa, alguns fatores devem ser considerados, como a participação acionária, o planejamento de investimentos e a possibilidade de criação de um modelo de recompensa voltado aos colaboradores.

Confira no texto de hoje 6 dicas sobre o que ser observado antes de partir para a divisão de lucro:

Entenda a diferença entre lucro e pró-labore

O pró-labore é a remuneração devida ao sócio que, além de ter participação acionária, também exerce alguma função, geralmente como gerente ou administrador. Assim sendo, o pró-labore é uma forma de pagamento pelo trabalho prestado, independentemente dos resultados alcançados pela empresa. A recomendação é que esse valor seja compatível com a média salarial oferecida pelo mercado a profissionais que assumem cargos semelhantes.

Por sua vez, a divisão de lucro consiste na remuneração de todos os sócios, mesmo daqueles que não atuam diretamente no empreendimento. Trata-se, então, de uma contraprestação ao capital aplicado e aos riscos assumidos por meio da atividade empresarial.

Vale lembrar também que, segundo a atual legislação tributária, a divisão de lucro é isenta de cobranças de imposto de renda da pessoa física e da contribuição previdenciária. O mesmo acontece com as empresas que optam pelo Simples Federal. Além disso, essa distribuição é obrigatória e erros na contabilidade podem levar a multas.

Avalie o contrato social

Em linhas gerais, o lucro de uma empresa é distribuído de forma proporcional à participação de cada sócio no capital social. Entretanto, o contrato social pode estabelecer diferentes formas de distribuição do lucro líquido, conforme acordo prévio entre as partes.

Proteja o capital de giro

O lucro líquido gera um aumento do capital de giro, por isso, a distribuição precisa atentar para os valores necessários à manutenção da operação. Ou seja, a divisão não pode afetar a capacidade da empresa de financiar suas atividades.

Planeje investimentos

Toda empresa precisa de um planejamento de investimentos, com a finalidade de ampliar e modernizar o negócio. Para isso, é fundamental contar com um controle financeiro estruturado, além de orçamentos e cronogramas.

Assim, é indispensável prever aquisição de equipamentos e tecnologias, contratação de novos colaboradores, treinamentos e aportes em marketing. Esses investimentos devem ser suportados pelo lucro líquido, de modo a evitar a tomada de empréstimos e o aumento do nível de endividamento.

Programe a distribuição dos lucros

A periodicidade da divisão de lucro de qualquer empresa deve ser explicitada dentro do contrato social. Se o documento não apresentar essa cláusula, a distribuição deve acontecer apenas no encerramento do balanço anual, desde que o resultado do período seja positivo.

Defina a participação dos colaboradores

A distribuição de lucro entre os colaboradores não é uma obrigação legal, embora a Lei n° 10.101/2000 regule essa participação como um instrumento de incentivo à produtividade. Desse modo, antes de distribuir o lucro aos sócios, é preciso que a empresa defina a criação de um programa que também contemple as equipes.

Ao analisar todos esses aspectos, os sócios conseguem fortalecer a gestão e estabelecer uma política eficiente sobre a divisão de lucro, garantindo também, a competitividade da empresa a curto, médio e longo prazos.

Fonte: QuickBooks

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