quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Novo Código Comercial começa a ser analisado este ano


Com proposições do jurista catarinense Felipe Fabro, o novo Código Comercial começa a ser analisado neste ano. A Comissão Especial formada para o trabalho acaba de ganhar a adesão de mais um catarinense, o senador Paulo Bauer. O projeto, destacado como prioridade pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, foi editado por uma comissão de 11 juristas, entre eles Fabro, que evidenciou a necessidade de simplificar e modernizar a legislação comercial.

Segundo Fabro, as principais dificuldades enfrentadas pelos empresários são as burocracias existentes na legislação nacional, que geram custos, insegurança jurídica e atrapalham o desenvolvimento do Brasil. Entre as dificuldades, o jurista ressalta a morosidade para legalizar uma empresa no Brasil. “Cada Estado e município, por exemplo, tem uma regra própria e distinta para a abertura de empresas, formando obrigações desconexas, complicadas e injustificadas que precisamos modificar”, aponta.

Estudos do Banco Mundial apontam que o prazo médio para a formalização de um negócio no Brasil é de 154 dias, na Colômbia três e, em Cingapura, 15 minutos. “A simplificação e modernização, além de necessária, é possível e não vai prejudicar a autoridade do Estado no uso e registro das informações mercantis", explica.

Na lista de ideias apresentadas no anteprojeto, estão a regulamentação do comércio eletrônico, melhorias para simplificação dos deveres gerais dos empresários, crise da empresa, aprimoramento e atualização das demonstrações contábeis, proteção à micro e pequena empresa e simplificação dos registros públicos, entre outros temas.

Para Fabro, o custo Brasil não está somente na carga tributária imposta pelo governo, mas nas deficiências de nosso sistema regulatório, na insegurança jurídica havida em nossa legislação e na ausência de competitividade internacional.

A legislação brasileira impõe dificuldades aos processos comerciais, desacelera o ritmo de crescimento e leva muitas empresas a viverem na informalidade. Isso freia novos investimentos, aumenta o preço dos produtos e não gera emprego, tão necessário para o progresso econômico de nosso país. Precisamos mudar esta realidade, e o projeto do Código Comercial poderá contribuir para isso, finaliza Fabro.

O Projeto de Lei 1572/2011, que sugere um novo Código Comercial para o Brasil, tramita na Câmara dos Deputados e vem sendo analisado pela Comissão Especial de Revisão do Código Comercial, da qual Fabro faz parte com outros 10 juristas de todo o País. Paralelamente ao texto que tramita na Câmara, o Senado Federal designou uma Comissão para elaborar um Anteprojeto de Código Comercial.

Fabro foi um dos articuladores do movimento nacional de modernização e simplificação da legislação empresarial brasileira. Desde outubro de 2011, ele e Fabio Ulhoa Coelho pesquisam propostas para a melhoria da legislação.  As balizas do projeto foram apresentadas por Ulhoa e Fabro em outubro de 2011 na Confederação Nacional do Comércio (CNC), por proposição da Fecomércio-SC, ocasião em que conquistou importante apoio dos comerciários do País.

Em Santa Catarina, o texto foi apresentado na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif).

Fonte: Noticenter – SC

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