sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Crise: como manter o crescimento da empresa?


O cenário econômico, neste pós-eleições, anda meio nebuloso para os empreendedores de pequenas e médias empresas. Mesmo assim, ainda existe espaço para que elas possam crescer. Mas como conseguir um crescimento sustentável?

Uma das saídas é contar com a participação de investidores – fundos de private equity e venture capital ou outras empresas maiores no negócio; enquanto a concorrência se atola em dívidas de curto prazo. São esses investidores que podem dar aporte financeiro e operacional para a empresa conseguir se reerguer no mercado e crescer.

O empresário deve ampliar seu olhar, estar receptivo às novas opções e se preparar para essas possibilidades. Muitos já aderiram. De acordo com a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), foram R$ 100 bilhões em capital comprometido no país, somente no ano passado.

Fundos de investimentos nacionais e estrangeiros estão apostando nas empresas brasileiras e empregam recursos para que elas cresçam e, assim, possam participar de seus resultados. Mas como atrair tais investidores? Antes de tudo, é importante que o empresário tenha em mente que os fundos estão em busca do empreendedor comprometido; com visão de longo prazo e desejo de evoluir.

Transparência e clareza na gestão são fatores determinantes e, para que a parceria dê certo, a empresa precisa estar alinhada com boas práticas de gestão e saber o quanto está preparada para se expandir. Identificar e solucionar problemas internos também ajudarão a enfrentar os desafios que vêm pela frente. O próximo passo é preparar um plano de negócios e um planejamento estratégico. Para tanto, ouvir opiniões de funcionários e consultores é fundamental.

"As pessoas que ali estão são um componente essencial nesse processo. Crescer acarreta uma transformação cultural no negócio e é preciso envolver toda a empresa. Buscar profissionais de mercado também ajuda, assim como contratar consultorias que possam levar boas práticas para o negócio", explica Rodrigo Bertozzi, CEO da B2L Investimentos S.A, empresa que auxilia na criação de projetos para investimentos estratégicos.

O empreendedor pode perceber então que a participação de um fundo de investimentos no processo de expansão é uma alternativa aos empréstimos bancários, cada vez mais caros e restritivos. Em sua forma mais clássica, o investidor exigirá, em troca do aporte, uma participação societária.

"Somos conselheiros de empresas de médio porte de diversos segmentos e realizamos as conexões entre empresários e investidores, inclusive internacionais. Gerimos dados de mais de 120 oportunidades tanto na ponta compradora quanto na vendedora. Isto é possível por estarmos presentes em mais de cem regiões do Brasil, por meio de uma ampla rede de 43 sócios e suas expertises", informa Bertozzi.

Para que a estruturação do negócio tenha êxito, é importante estabelecer um relacionamento transparente entre empresário e investidor. Mas o fato é que, na maioria dos casos, o empresário cria barreiras quanto à participação do investidor. Divulgar informações – receitas, estratégias, previsões de investimento e organogramas - é um receio clássico, mas que não condiz com a realidade. Entre as companhias abertas, isso já não ocorre. E, em empresas fechadas, há sempre a opção de decidir quais informações serão divulgadas e para quem.

"Mesmo que o empresário tenha reservas próprias para alavancar o negócio, é mais recomendável usar o capital de fontes externas. Não apenas porque o capital de casa é mais caro, mas também porque, muitas vezes, ao financiar a expansão com recursos externos, o crescimento destrava", comenta Rubens Serra, presidente do conselho da B2L.

Fonte: Revista Dedução

Nenhum comentário:

Postar um comentário