segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Entendendo break even: ponto de equilíbrio


Dois erros comuns ocorrem em muitos negócios: a atribuição de margem de lucro inadequada na precificação de produtos ou serviços e a inexatidão na projeção de resultados. Esses dois equívocos (e muitos outros) podem ser facilmente evitados com a análise de break even, que calcula o momento em que a empresa paga todas as suas despesas e passa a ter lucro.

A partir desse ponto de equilíbrio, torna-se mais fácil e seguro atribuir a porcentagem de lucro e demais adicionais, assim como planejar o alcance de objetivos e a saúde financeira empresarial em curto e médio prazos.

Percebeu a importância de encontrar esse ponto? Então, continue lendo e entenda por que chegar a ele, de que forma fazer isso e como utilizar a ferramenta internamente!

O ponto de equilíbrio

A expressão “break even” define o marco zero da organização, quando as operações somam exatamente o valor dos custos fixos e variáveis. Significa que o negócio está equilibrado e pode arcar com suas obrigações.

Caso as vendas ou prestações não alcancem os gastos (ou seja, o break even não seja atingido), há um desequilíbrio que põe em risco a continuidade das atividades.

A importância do break even

Em primeiro lugar, quando o negócio chega a essa marca, já sabe que não está perdendo dinheiro. Ainda que não esteja ganhando, conseguir pagar todas as contas é o primeiro passo para sobreviver e posteriormente gerar lucro.

Correta precificação

Definir os preços de produtos ou serviços depende de alguns elementos, como margem de lucro desejada, situação do mercado e despesas a serem suportadas.

Realizando a análise, essa precificação é mais segura e exata. Por exemplo, na percepção de que os custos são facilmente cobertos, pode ser possível reduzir minimamente o percentual de lucro desejado para ganhar competitividade entre a concorrência.

Percepção de lucratividade

Um erro muito comum de empresários e gestores é avaliar o sucesso pela geração de receita. Porém, não adianta muito alcançar um faturamento anual de R$ 1 milhão que resulte apenas em R$ 50 mil de lucro líquido. Em uma hipótese como essa, a falta de uma análise de break even pode ser a causa do não reconhecimento do excesso de gastos ou da má precificação. E a consequência é a lucratividade baixa vigente.

Projeção de resultados

Sabendo de quantas vendas ou prestações a empresa precisa para cobrir seus custos e ter lucro, e relacionando-as com o desempenho médio ou com um projeto de crescimento elaborado, os resultados previstos tornam-se mais confiáveis.

Estudo de viabilidade

Tanto quem está começando a pensar em abrir uma empresa quanto o gestor que pretende adicionar novo produto ou serviço ao empreendimento podem analisar o ponto de equilíbrio antes mesmo de ter a atividade na prática. Por que? Para que saibam previamente o quanto investirão para isso e quanto deverão gerar em negócios para pagar as contas e depois ter resultado líquido.

O desenvolvimento da análise

O primeiro passo para estabelecer a marca é apurar as despesas fixas, como aluguel, e variáveis, como comissões, aquisições de materiais e mercadoria e impostos, que deverão ser cobertas. Depois disso, é preciso definir o período a ser analisado. Por fim, deve-se fazer a relação do resultado dos custos com volume de negócios, preço unitário ou outra forma de faturamento que sirva à avaliação da ocasião.

Para facilitar a explicação, um exemplo prático utilizando um escritório de contabilidade:

Ø  Despesas fixas nos 6 meses seguintes: R$ 15 mil;
Ø  Projeção de despesas variáveis nos 6 meses seguintes: R$ 10 mil;
Ø  Total de despesas para o período projetado: R$ 25 mil;
Ø  Ticket médio dos serviços contábeis: R$ 700;
Ø  Ponto de equilíbrio arredondado: 36.

Ou seja, com 36 clientes a empresa consegue quitar suas obrigações fixas e variáveis consequentes da quantidade atendida. A partir disso, toda a renda gerada passa a ser lucro.

Como usamos um exemplo de projeção, um planejamento de aquisição de clientes pode modificar a análise. Então, os custos variáveis aumentariam proporcionalmente, mas os fixos não. Ao final, o ponto de equilíbrio seria maior junto ao resultado líquido proveniente do maior número de contratos.

Fonte: Blog Sage

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