segunda-feira, 3 de setembro de 2018

O que é um plano de negócios? Saiba como elaborar um para a sua empresa


Apesar de ser um passo fundamental no momento de criar uma empresa, saber como elaborar um plano de negócios é uma das tarefas que mais assusta os empreendedores. À primeira vista, isso pode parecer muito burocrático e moroso, mas a verdade é que colocar as suas estratégias no papel é meio caminho andado para concretizar suas ideias.

Comecemos pelo princípio: o que é um plano de negócios? É simplesmente um relato detalhado daquilo que compõe o seu negócio, como a ideia principal, o público-alvo, as necessidades a que sua empresa pretende dar resposta, entre outros tópicos. No fundo, um plano de negócios estabelece objetivos e explica o modo como você pretende atingi-los.

O primeiro passo para qualquer empresa

Um plano de negócios não é só útil para uma startup que precisa de financiamento ou investimento. Na verdade, é uma ferramenta importante em todos os momentos da gestão de um negócio. É por isso que deve ser um documento dinâmico, em constante revisão e atualização, de acordo com o crescimento e as necessidades dos seus negócios.

Além disso, ter um plano de negócios pode antecipar problemas e ajudá-lo a lidar com eles antes que se tornem prejudiciais para a sua empresa. Ele deve se transformar em um documento de consulta diária, já que é útil na tomada de decisões, na definição das responsabilidades de cada colaborador e no controle financeiro do negócio.

Embora ele possa ser um pouco trabalhoso mesmo, não se assuste: na atualidade, as companhias valorizam mais os planos de negócio que sejam “descomplicados”, curtos e fáceis de serem lidos. Começar de forma simples e deixar que o conteúdo cresça organicamente é a melhor estratégia para os primeiros momentos.

Por que um plano de negócios é importante?

É por meio desse documento que uma ideia pode (ou não) ser validada no mercado. Mais do que definir o que fazer e em qual direção seguir, o plano detalha quais serão os meios necessários para que você possa atingir esses resultados. De nada adianta apenas ter boas ideias se, na prática, não há meios de viabilizá-las.

Podemos tomar como exemplo uma analogia simples. Imagine que você está em São Paulo e precisa fazer uma viagem para Santos. Esse é o seu objetivo final. Para que você atinja esse objetivo há várias maneiras que podem ser empregadas, como carro, moto, ônibus, a pé e até mesmo de helicóptero.

Cada uma das alternativas têm os seus prós e os seus contras. Por exemplo, ir a pé é a opção com o custo mais baixo, mas ela também é a mais demorada, a mais arriscada e a mais cansativa. Por outro lado, ir de helicóptero é a alternativa mais cômoda e rápida, mas a o preço a se pagar por isso pode não estar ao seu alcance – ou não valer a pena.

Portanto, é no plano de negócios que você dirá onde quer chegar e quais meios empregará para que isso aconteça bem como qual investimento será necessário em cada uma das etapas. Note que esse não é um documento definitivo e, por essa razão, ele está sempre sujeito a mudanças, se necessário.

Como construir um plano de negócios?

Para ajudá-lo a enfrentar uma página em branco, abaixo listamos um modelo comum de plano de negócio. Note que não existe um padrão a ser seguido, mas sim alguns itens importantes que precisam ser respondidos ao longo do documento.

Por essa razão, os itens indicados são apenas uma referência e não precisam ser seguidos ao pé da letra. Pode ser que o seu plano de negócios precise de mais ou menos elementos, mas os que listamos aqui devem dar conta da maioria das empresas.

  • Sumário executivo: situação atual do projeto, oportunidades de negócio, mercado, modelo de negócio, ações de marketing e aspetos financeiros;
  • Objetivos da empresa: objetivos gerais e, se possível, visão, missão e cultura corporativas;
  • Plano estratégico: qual é o ambiente global, o microambiente (clientes, fornecedores, concorrência) e o que será feito para a comunicação com esses públicos;
  • Estudo de mercado: potencial do mercado, necessidades dos clientes, barreiras à entrada, restrições legislativas, perspectivas e possibilidades a serem exploradas, número de concorrentes;
  • Vantagens competitivas: o que faz a empresa se destacar no mercado, onde há mais oportunidades, para onde será direcionado o investimento;
  • Clientes diretos: quem são eles, os compradores, os usuários finais;
  • Plano de marketing: definição da mensagem, clientes e segmentação, produtos, preços, comunicação e distribuição; quais canais serão utilizados, formas de mensurar o impacto; contratação de pessoal capacitado ou terceirização (agências);
  • Plano de vendas: estimulação de vendas, estimulação comercial, quantidade de pessoal necessário, infraestrutura, forma de mensurar resultados;
  • Plano de operações: cadeia de valor, atividades críticas, site, redes sociais;
  • Organização e recursos humanos: planejamento de recursos humanos, equipe e responsabilidades, política de remuneração (salários, prémios e outros benefícios), planos de carreira, perfil profissional;
  • Plano financeiro: plano de investimento, financiamento, custos, recebimentos e pagamentos, tesouraria, balanço, demonstração de resultados, softwares de gestão, profissionais de contabilidade;
  • Plano tecnológico: abordagem geral, equipamento de produção, equipamento de escritório, licenças de software, segurança e armazenamento de dados;
  • Estrutura jurídica: consultoria, contingências, contratos, resolução de contendas;
  • Calendário de objetivos: cronograma, datas limite e datas de reavaliação.

Envolva os gestores no processo

Se a sua empresa já está constituída, mas nunca esse aspecto foi observado como deveria, é chegada a hora de se reunir com os seus gestores para traçar os planos para o futuro da companhia. Muitas empresas acabam se perdendo no mercado por não saber avaliar a hora certa de mudar o modelo de negócios.

Se não houver pessoas com experiência suficiente para essa missão, considere contratar o trabalho de uma consultoria profissional ou converse com especialistas de entidades como o Sebrae. Com mais informações e subsídios para a tomada de decisão, certamente a sua empresa terá um caminho com menos percalços.

Fonte: Blog Sage

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