quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Receita do IPI teve alta mesmo com desoneração

Apesar de o Governo ter deixado de arrecadar R$ 6,1 bilhões de tributos, entre 2009 e 2013, devido a redução no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que incidia sobre os automóveis, no mesmo período houve incremento de R$11,8 bilhões no recolhimento de PIS e Cofins sobre a venda de automóveis e veículos leves, apontaram os dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). Somente com a venda de veículos, o governo federal recolheu R$ 3,5 bilhões a mais durante esses cinco anos.

"A queda foi compensada pela incidência de PIS e Cofins sobre a produção de automóveis. No mesmo período em que o governo concedeu o desconto no IPI, houve um incremento de 16,65% na indústria automotiva nacional, que passou de 3 milhões de unidades produzidas por ano, em 2008, para 3,5 milhões em 2013", explica o coordenador de estudos do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral.
Uma comparação por cada veículo produzido no país mostrou um aumento na arrecadação de tributos federais entre os anos anteriores e posteriores a redução no IPI para automóveis.
Em 2009, a arrecadação foi de R$ 5.597,50 por automóvel fabricado, já em 2011, essa quantia subiu para R$ 6.504,20.


Bom negócio

"Todos saíram ganhando com a desoneração do IPI. O setor produziu, vendeu e exportou mais, gerou mais empregos e impulsionou uma longa cadeia de matérias-primas, insumos e peças. O governo federal arrecadou mais tributos e os governos estaduais aumentaram significativamente a sua receita de ICMS e IPVA", declarou o coordenador.



Fonte: Diário do Nordeste-CE

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