segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Vice-presidente da Fenacon conclama empresas contábeis a registrar suas queixas


O vice-presidente de relações institucionais da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon), Irineu Thomé, avalia ser necessário haver maior participação das empresas de serviços contábeis para que a entidade possa pleitear mudanças nas legislações que causam impactos ou dificuldades nas atividades desses profissionais.

Entre as medidas mais polêmicas editadas recentemente, estão a responsabilidade do profissional de contabilidade quanto aos crimes de lavagem de dinheiro de seus clientes, a descaracterização do recolhimento do Imposto sobre Serviços (ISS) à sociedade uniprofissional e o pagamento de multa pelo descumprimento da legislação do eSocial, que será calculada sobre o faturamento das empresas, e não dos profissionais contábeis.

Para Thomé, é papel da entidade cobrar providências das autoridades competentes, mas as empresas precisam expor seu descontentamento e dificuldades, utilizando os canais de comunicação com a Fenacon, sempre que se sentirem prejudicadas: “Certamente, nos ajudariam muitos a defender o ponto de vista do empresário, se tivéssemos a iniciativa deles em nos enviar as reclamações por e-mail, por exemplo”.

Diante das raras manifestações recebidas atualmente, Thomé afirma que as empresas ficam sempre na expectativa de que as entidades se antecipem à questão. “Não estamos fugindo da nossa responsabilidade quanto a isso, temos que fazer e com certeza o faremos”, diz. “A questão é que, quando se propõem ou sugerem soluções a uma autoridade, esta nunca tem a real dimensão da representatividade da entidade”, continua. “No entanto, uma pilha de e-mails enviados pelos empresários tem um peso muito maior e garante respaldo à entidade”, pondera o vice-presidente da Fenacon, que representa 400 mil empresas dos diversos segmentos do setor de serviços.

Outra questão levantada por Thomé é a necessidade de maior envolvimento e apoio da classe aos legisladores que podem atuar em benefício da contabilidade. “Tanto a Fenacon como os sindicatos lidam com um grande volume de legislação tributária, previdenciária, trabalhista e comercial, diariamente, além das regras da contabilidade. Se estamos no meio de uma atividade e há mudanças na legislação, temos que acompanhar”, afirma, citando que muitos desses processos de adaptação demandam a aquisição de equipamentos, softwares e treinamento da equipe, custos que dificilmente serão ressarcidos às prestadoras de serviços pelos seus clientes, assim como os valores das multas caso a empresa não cumpra a legislação vigente.

”Por esse motivo, precisamos muito dos parlamentares, principalmente vereadores, deputados estaduais, federais e senadores, pois é através deles que podemos conseguir mudanças na legislação”, alerta, recomendando que a classe se atente aos políticos que já acompanham a contabilidade e têm um histórico de proposições para melhorar a atuação do profissional contábil. “O empresário precisa entender que, para conseguir vitórias na área legislativa em prol da classe, é preciso apoiar as lideranças indicadas pela entidade.”

Fonte: Revista Dedução

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