sexta-feira, 25 de abril de 2014

Sefaz-CE prepara pacote que reduz ICMS em 40%


A Secretaria da Fazenda do Ceará (Sefaz) está preparando um pacote de incentivos fiscais para o setor de confecções que atinge toda a cadeia produtiva. Para tornar o segmento mais competitivo está em fase de estudo e diálogo a aplicação do regime de substituição tributária e de uma alíquota menor para a confecção produzida e consumida no Estado. A expectativa é que seja implantado até o final do próximo mês.

Segundo o titular da Sefaz, João Marcos Maia, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) será em torno de 40% menor. Ele explica que hoje o regime de tributação é muito variado com débito e crédito para o varejo. “Vamos estabelecer um padrão único”, comenta, acrescentando que o Fisco também está conversando com representantes do setor que têm buscado a secretaria para tirar dúvidas.

João Marcos conta que o Governo já tem a autorização da Assembleia Legislativa para estabelecer o regime de substituição tributária faltando apenas a regulamentação. Adianta que vai entrar o varejo e o atacado da indústria e comércio de confecções.

“O varejo da confecção ficou de fora e isso enfraquece a cadeia produtiva porque fica muito mais fácil comprar de fora”, esclarece o secretário, salientando que a tendência é que quem produz e vende confecção no Ceará pague menos impostos. “Hoje é uma salada. Tem vários regimes de tributação dentro da cadeia, o que a torna menos competitiva”.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Confecção de Roupas e Chapéus de Senhoras no Estado do Ceará (Sindconfecções-CE), Marcus Venicius Rocha Silva, diz que a redução de impostos pode ser a salvação do setor que encolhe de 20% a 25% ao ano.

Ele adianta que o sindicato apresentou proposta para baixar as alíquotas cobradas da indústria de confecções. Seria de 8% para 4% nas contas interestaduais e de 3% para 1,5% nas contas dentro do Estado.

Para ele, com essa redução as indústrias do Ceará poderiam competir de igual para igual com os fabricantes de estados como Pernambuco, São Paulo, Goiás e Rio de Janeiro que têm alíquotas cerca de 50% menores.

Fonte: O Povo

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