sexta-feira, 14 de março de 2014

A importância do capital de giro


Estamos vivenciando no Brasil, nos últimos anos, um aumento considerável de criação de empresas e a maioria delas usufruem dos benefícios concedidos pelos regimes fiscais diferenciados como Simples Nacional, Micro Empreendedor Individual e a Lei Geral das Micros e Pequenas Empresas de 2006.

O aumento do consumo da classe C – e o aumento da própria Classe C - abre a oportunidade para a demanda de produtos e serviços nos mais diversos segmentos. Entretanto, esse lado bom requer também um olhar responsável, de monitoração desse ambiente para garantir que essas empresas sobrevivam pelo maior tempo possível.

Em seu estudo publicado recentemente o SEBRAE (http://www.sebrae.com.br/customizado/estudos-e-pesquisas/taxa-de-sobrevivencia-das-empresas-no-brasil/sobrevivencia-das-empresas-no-brasil.pdf) evidencia uma melhora significativa na taxa de sobrevivência das empresas no país. Das empresas criadas em 2007, 75,2% delas sobreviveram aos dois primeiros anos ante a 73,6% em 2005. O fato surpreende quando se confirma que a região sudeste apresenta a melhor taxa de 78,2% de sobrevivência enquanto o norte tem um desempenho menor: 68,9%. As demais regiões estão entre esses percentuais.

Passar pelos primeiros dois anos não é para qualquer um e isso deve ser comemorado. Os especialistas apontam duas principais causas para a morte prematura de uma empresa a “falta de conhecimento em gestão empresarial” e “a falta de capital de giro”. Evidente que existem outros, mas vamos pautar nesses dois!

Muitos empreendedores se arriscam no mundo dos negócios mais por necessidade ou falta de opções que para empreender ou investir de verdade. Nesses casos mesmo possuindo capital a empresa pode sucumbir pela falta de conhecimento do candidato a empresário. A recomendação nesse caso é buscar conhecimento em fontes confiáveis e o SEBRAE disponibiliza cursos gratuitos nesse quesito que agregam e ajudam bastante.

Conhecido como “capital de giro” para as empresas ou “reserva ou poupança” para os cidadãos comuns e tem sido deixado de lado por esses gestores; o capital de giro não pode ser negligenciado porque é ele que vai permitir a empresa continuar operando nas situações em que as despesas ultrapassem as receitas. Na vida de uma empresa precisamos considerar que as receitas são finitas e as despesas infinitas e duram enquanto a empresa estiver operando. A ausência do capital de giro faz o empreendedor recorrer a fontes externas de financiamento de sua operação o que achata sua margem de retorno, onera seus produtos e serviços e em muitos casos leva a empresa ao alto endividamento e consequentemente a sua morte. E na maioria dos casos quando uma micro ou pequena empresa fecha, acaba por deixar um legado de frustações, dividas e problemas para o empreendedor.

Portanto, ao considerar um capital para investir na abertura ou aquisição de uma empresa tenha em mente reservar um valor de pelo menos seis meses referente aos seus custos fixos e variáveis e despesas em geral para compor o Capital de Giro.

Fazendo assim com relação as duas principais causas, certamente o comandante conseguirá prosseguir viagem mesmo quando o mar não estiver para peixe. Ou seja, estará respaldado para prosseguir a jornada mesmo em momentos de tormentas e garantir a perenidade de seu negócio.

Fonte: Administradores.com

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