segunda-feira, 17 de março de 2014

Problema em rendimentos é o que mais leva à malha fina


O número de declarações retidas em malha fiscal em 2013 cresceu 17,7% na comparação com 2012, para 711.309 documentos. E, como ocorre todos os anos, erros na informação de rendimentos foram o principal motivo de incidência, com 430.783 retenções, ou 61% do total de declarações em malha. Na maior parte dessas declarações - em 373.810 delas, ou 53% do total retido em malha - foi detectada omissão de rendimento, um erro que pode ser atribuído ao contribuinte, que deixou de informar uma receita recebida por ele ou por um dependente.

Outros erros na informação de rendimentos detectados pela Receita podem ter sido provocados pela fonte pagadora, que deixou de enviar a Declaração de Imposto de Renda na Fonte (Dirf) - e 40.416 declarações, ou 5,7% do total, foram barradas por esse motivo - ou informou ao contribuinte valor de rendimento diferente do que consta na Dirf.

A Dirf é uma declaração entregue pela empresa, em que ela relaciona valores retidos na fonte a título de Imposto de Renda sobre rendimentos pagos a funcionários e colaboradores.

Esses números mostram a importância de o contribuinte ser cuidadoso na declaração de seus rendimentos. Para Eliana Lopes, coordenadora de Imposto de Renda da H&R Block, consultoria especializada em serviços de Imposto de Renda de Pessoa Física, ao fazer a declaração, é preciso estar atento ao fato de que cada vez mais a Receita Federal se abastece de informações sobre o contribuinte, e qualquer informação errada que ele fornecer poderá ser detectada.

O Leão confronta eletronicamente dados das declarações de contribuintes com diversas declarações de pessoas jurídicas que recebe com informações sobre as pessoas físicas. Ao identificar qualquer indício de irregularidade, retém a declaração para uma análise mais apurada. É ampla a lista de dados do contribuinte que já estão com a Receita, desde quanto ele recebeu da empresa em que trabalha, ou de seus trabalhos eventuais, assim como a entrada e saída de dinheiro da conta corrente, despesas pagas no cartão de crédito, pagamentos feitos a hospitais e planos de saúde, compra e venda de imóvel e de ações.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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