quarta-feira, 19 de abril de 2017

Como calcular os custos de funcionários?


Embora muitas pessoas acreditem que o pagamento de salário representa o custo total de um funcionário, você sabia que um colaborador pode custar até 2,8 vezes o salário pago a ele, segundo a Fundação Getúlio Vargas e Confederação Nacional das Indústrias?

E no mundo dos negócios, como todo investimento, contratar um novo recurso e até mesmo dar aumento de salário também exige planejamento para que o fluxo de caixa não seja prejudicado. Entenda, na prática, por que o cálculo de custos dos funcionários vai além do pagamento de salário e descontos apontados em folha.

Cálculo de custo

Além de considerar o salário que será pago ao funcionário com carteira assinada, mensalmente, também existem encargos como os direitos do trabalhador e impostos que serão cobrados sobre seus vencimentos, previstos nas leis trabalhistas como na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Tributos que precisam ser pagos

Entre os encargos mais comuns no pagamento dos trabalhadores brasileiros estão os custos com o 13º salário, férias, adicional de férias, INSS, FGTS, plano de saúde, seguro de vida, auxílio alimentação e vale-transporte. Somando todos eles, o valor aproximado é de 60% do custo total de um funcionário, sendo os 30% restantes o seu salário.

Custos variáveis

Outros custos também devem ser considerados, dependendo da função e atividades que são desempenhadas pelo colaborador. Treinamentos, capacitação, atualização, pagamento de horas extras e, claro, o abatimento do valor de notas fiscais geradas em caso de viagens e ligações telefônicas, entre outros.

Variações para serem consideradas

É importante lembrar que o custo de um funcionário depende do sindicato, regime de apuração e ramo de atividade.

Simples Nacional (Anexo I, II e III)

Para os negócios enquadrados no Simples Nacional (Anexo I, II e III), por exemplo, a cobrança dos impostos para pagar os custos do funcionário são: 8% de FGTS, valor anual de férias, 1/3 sobre férias, valor proporcional aos meses trabalhados para o 13º salário, 8% de INSS, vale-refeição e vale-transporte. Já os custos que devem ser descontados de sua folha de pagamento são: 8% de INSS e 6% de vale-transporte.

Simples Nacional (Anexo IV), Lucro Presumido e Lucro Real

A diferença dos negócios que optam por eles é que devem contar com um custo maior de INSS (20%) e o pagamento da Alíquota RAT (1 a 3%), para o INSS cobrir possíveis acidentes de trabalho. No caso das empresas de Lucro Presumido ou Lucro Real, devem ser somadas também as alíquotas de terceiros, para o financiamento de programas como SENAI e SESI.

E no caso de demissão, como calcular?

Quanto maior o tempo em que o funcionário está contratado, maiores também são os custos para a rescisão. Para fazer esse cálculo de custo, é preciso considerar o período de aviso prévio, com 1/12 de férias e 1/12 do 13º salário, além do pagamento do 13º proporcional a quantos meses do ano foram trabalhados, proporcional de férias, o salário sobre os dias que trabalhou e a multa sobre o FGTS.

Fonte: QuickBooks

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