sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Conhecendo o pensamento do consumidor


O sonho de qualquer empresário é saber quais as características do produto que o consumidor prefere no momento em que olha para uma vitrine. Pois, conhecendo essa preferência, fica mais fácil realizar uma venda.

E é justamente para conhecer o comportamento dos compradores que serve o neuromarketing. Ele é o campo do marketing que se junta com a ciência para estudar o comportamento do consumidor. É considerado uma chave para o entendimento da lógica do consumo. Este campo visa a entender os desejos, impulsos e motivações das pessoas por meio do estudo das reações neurológicas a determinados estímulos externos.


A técnica pode dizer à empresa como o consumidor reage em relação à embalagem, a cor da caixa, ao nome do produto, cheiro, etc., de forma verdadeira. Essa ciência surgiu da necessidade de entender o comportamento do consumidor nos momentos que definem a tomada de decisão.

Neuromarketing no Brasil

Com raras exceções, vindas de grandes empresas, pouco vem sendo feito com neuromarketing. A maior parte do que tenho visto é um show de horrores baseado em utilização de elementos de comunicação, PNL e marketing sensorial, o que não configura um problema, mas a maioria das ações é feita como se fosse neuromarketing, e isso não acontece.

Algumas empresas já fornecem o serviço de neuromarketing para marcas famosas no Brasil. De acordo com a presidente do Conselho Consultivo da Neurobusiness Association, Suzane Morais, ainda há grande desconhecimento sobre a ciência, mas aos poucos ela tem sido difundida. “O Brasil começa a despertar para esta realidade, e teremos muito trabalho pela frente”, afirma.

Microempresas

Se as grandes corporações ainda utilizam o neuromarketing de forma acanhada, essa ciência, no campo das micro e pequenas empresas, ainda tem um longo caminho a percorrer. A orientação de Suzane Morais é que o utilizem de forma aplicada.
“Empresas de grande porte contratam pesquisas em neuromarketing, que podem ser replicadas em outras empresas de médio e pequeno porte. Não é necessário que se contrate ou se invista numa nova pesquisa para a mesma abordagem”, disse.
Um grande aliado é o uso da tecnologia. “Até pouco tempo atrás os equipamentos eram muito caros. O avanço tecnológico e o próprio amadurecimento da ciência neuromarketing possibilitaram que pequenas empresas e agências pudessem adquirir ferramentas e softwares como o Eye Tracker e o Face- Reader, a custos bem minimizados”, finalizou.

Algumas dicas básicas de utilização do neuromarketing

Loja perfumada – Um perfume traz lembranças e deixa o consumidor mais emotivo. Segundo pesquisa alemã, uma loja perfumada aumenta em 15% a probabilidade de venda.

Caminho maior – Escadas rolantes devem ser colocadas em lugar que faça com que o cliente ande a loja inteira para chegar até ela. O objetivo é fazer que ele passe por diversos setores e se sinta tentado a comprar.

Cores – Se você tem uma lanchonete, opte por cores que dão fome – o vermelho, por exemplo, estimula o apetite. A maioria dos fast foods utiliza essa cor no cardápio, na bandeja e na embalagem, para que o cliente fique com mais fome, coma mais rápido e dê espaço para outros consumidores.

Escolha rápida – Coloque à disposição um cardápio sem muitas opções, pois, se a variedade for muito grande, o cliente vai demorar mais para escolher.

Coloque primeiro os preços mais altos – O cardápio deve trazer os preços mais altos, depois os médios e os mais baixos por último. Vendo os preços maiores primeiro, o cliente vai ter a ilusão de que o restante vale a pena.

O truque do R$ 0,99 – Esse vale para vários segmentos. Preços que terminam com R$ 0,99 ou R$ 0,95 são chamados “preços psicológicos”, pois dão a impressão de serem menores. Um prato que custa R$ 29,99 parece ser mais perto de R$ 20,00 do que de R$ 30,00.

Descontos simples – Essa dica também vale para outros segmentos. Você deve colocar descontos que facilitem que o cliente faça a conta, ou seja, que fique mais simples de calcular o desconto. Por exemplo, de R$ 10,00 por R$ 8,00 é melhor que de R$ 10,00 por R$ 7,89.

Sentido anti-horário – Pesquisas mostram que clientes gastam 7% mais quando andam no sentido anti-horário, porque é mais natural para o cérebro. Na direção oposta, há desconforto. Então organize os produtos da sua loja de forma que faça que o consumidor ande no caminho natural (anti-horário).

Som na loja – Esta vale para outros segmentos. Uma pesquisa do Reino Unido revelou que ter som na loja faz o consumidor ficar mais tempo no ambiente, ter vontade de recomendar, voltar e gastar mais.

Fonte: Economia UOL

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