Em
maio deste ano, os órgãos reguladores IABS e FASB, dois dos mais importantes
organismos de normalização das práticas contábeis, emitiram uma nova forma de
reconhecimento de receitas, o IFRS 15 – Receitas de Contratos com Clientes
(Revenue from Contracts with Customers).
A
nova norma irá exigir um modelo mais abrangente no momento das empresas e
indústrias em geral divulgarem suas demonstrações financeiras, reduzindo de
modo expressivo a complexidade inerente à orientação de reconhecimento de
receita de hoje.
“No
entanto, embora seja um importante avanço para a contabilidade, a nova regra
traz desafios importantes para as organizações, exigindo uma melhor gestão, com
processos de negócios e controles interno bem definidos, tendo impactos difusos
sobre os administradores, políticas, processos e sistemas”, orienta Welson
Melo, Contador, Diretor Executivo da PartWork Auditores Independentes.
Segundo
Melo, embora complexas, as novas exigências tem aplicabilidade variada de
acordo com o segmento da indústria, varejo ou prestadora de serviços. Ou seja,
afetará as empresas de maneiras diversas. Por isso, mesmo que a nova norma
entre em vigência apenas em janeiro de 2017, é fundamental uma avaliação prévia
que identifique o seu impacto nos negócios.
No
Brasil, uma empresa que se encaixe nos requisitos para adotar a convergência do
IFRS e esteja em conformidade para se adequar ao novo padrão contábil, caso não
se adapte às novas obrigações não estará cumprindo as normas brasileiras de
contabilidade, podendo transmitir, por exemplo, que o investidor não entende as
demonstrações financeiras de sua empresa, deixando de fornecer uma visão geral
de alto nível da nova norma.
“O
prazo pode parecer distante, mas as empresas devem ficar atentas desde já.
Somente um diagnóstico adequado irá garantir uma transição tranquila para a
nova norma, assim como o sucesso de sua implementação”, orienta o auditor.
Fonte:
Jornal Contábil
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