Um
dos principais desafios do síndico é controlar o valor da taxa condominial. Se
a contribuição estiver com custo elevado, além de onerar o bolso dos moradores,
facilita a ocorrência de inadimplência e desvaloriza o imóvel. Mas existem
estratégias para reduzir o rateio mensal, entre elas a economia de água, de
energia elétrica e evitar horas extras dos funcionários.
Na
taxa condominial os itens que sobrecarregam são água e salários dos
trabalhadores. Segundo a sócia-proprietária da administradora Plac, Nadia
Machado, as despesas com empregados, contando com vigilância 24h, pode
representar 40% da taxa. A tarifa da concessionária de água custa, em média,
15% da contribuição dos moradores.
Nadia
observa que não há muita diferença de investimento entre a contratação direta
ou a terceirizada. “A terceirização facilita a gestão dos trabalhadores, pois o
síndico não precisa se preocupar, já que cabe à empresa orientar os mesmos, mas
o valor pago mensalmente se assemelha ao gasto com funcionários diretos, mesmo
tendo de arcar com o uniforme, vale transporte, 13º salário e férias”, revela.
Para
evitar gastos excepcionais com funcionários, o síndico do condomínio Ville de
France, Jandir Ambrosi (Foto), compensa as horas extras com folgas. O prédio
conta com nove funcionários diretos, além de seis terceirizados.
No
caso da água, a solução do condomínio foi instalar reservatórios para a
captação da água da chuva, utilizada para encher a piscina, regar os jardins e
lavar o chão e as calçadas. “Faz um ano e meio que instalamos o sistema e agora
nos limitamos a pagar a taxa mínima de consumo para 10 m³ de água. Antes a
conta representava 22% das despesas do condomínio e passou para 15%”, diz
Ambrosi.
Campanhas de economia de
água e energia elétrica
Os
gastos com a energia elétrica correspondem a cerca de 6% do valor da taxa
condominial, segundo a sócia-proprietária da administradora Plac, Nadia
Machado. Ela sugere que os condomínios façam campanhas para incentivar os
moradores a economizarem energia elétrica, não deixando lâmpadas do salão de
festa acesas sem necessidade, por exemplo. O mesmo pode ser feito com a água.
Para
economizar na conta de energia, pode-se utilizar temporizadores nas lâmpadas
dos corredores e fotocélula para acionar as lâmpadas da rua, pois liga a carga
ao escurecer e desliga automaticamente ao amanhecer. Outro item importante é a
modernização dos elevadores antigos. “Atualmente o mercado oferece elevadores
inteligentes. Quando existem dois funcionando juntos, se o primeiro é acionado
por um andar, o outro não segue para o mesmo destino. Gera economia, mas é um
investimento alto. É uma melhoria que ainda queremos fazer no prédio”, aponta
Ambrosi.
A
manutenção preventiva também é apontada por Nadia como uma forma de garantir
menos desperdício de recursos, pois quando um equipamento estraga o reparo é
sempre mais caro do que o investimento com a preservação.
Economia em escala
O
condomínio Ville de France faz parte da Associação dos Amigos da Praça Celso
Ramos, um grupo de 26 edifícios que tem o foco de manter o espaço público, mas
aproveita essa união para economizar a conta dos moradores. O presidente da
organização e síndico do condomínio Gramado dei Fiori, Homero Franco, conta que
a primeira conquista foi conseguir negociar com uma empresa de gás para
fornecer o produto com desconto de 50% para os prédios. “É um contrato fechado.
Para mexer no preço, primeiramente tem que falar com a associação”, observa.
Agora
o grupo está fazendo uma pesquisa das demandas dos 26 condomínios para
verificar as principais necessidades de produtos e serviços, como manutenção de
bombas, elevadores e serviços de portaria, para estabelecer novas parcerias.
“Cada um compra o material de limpeza de um fornecedor e paga mais caro. Vamos
tentar negociar com algum que ofereça para todos os melhores preços, qualidade
e prontidão de entrega. É economia em escala”, garante.
Fonte:
Condomínio SC
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