O
controle financeiro ainda é o calcanhar de Aquiles de muitos gestores. Para se
ter uma ideia, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
apontam que metade das empresas brasileiras fecha as portas antes mesmo de
completar 4 anos de existência. O motivo, de acordo com o diagnóstico da
própria instituição e do Sebrae, é a falta de planejamento no campo das
finanças.
Por
outro lado, se há um lado positivo na crise econômica, é o fato de que muitos
gestores passaram a ser mais cuidadosos nesse aspecto. Nunca se discutiu tanto
o assunto e o sinal vermelho foi acionado para muitos. Se você não pretende
engrossar as estatísticas do IBGE, é preciso embarcar nesse novo momento e
começar a encarar a finanças com um pouco mais de seriedade.
Um
bom começo é descobrir quais são os principais erros na área financeira. Sim,
mesmo uma empresa com um grande faturamento pode vir à falência caso cometa
alguns deslizes. Processos ineficientes, gargalos de produção e até a cultura
organizacional podem influir diretamente na lucratividade do seu negócio!
Por
isso, resolvemos trazer uma lista com 7 erros que podem ser fatais para o
controle financeiro da empresa. Confira logo a seguir!
Misturar capital pessoal
com o empresarial
Esse
é um erro clássico cometido por muitos gestores, principalmente quando
consideramos a realidade das PMEs. Essa é a situação típica quando o gestor
resolve usar “os cofres” da empresa como um verdadeiro caixa eletrônico ou, no
sentido contrário, decide bancar com o próprio dinheiro materiais necessários
para a manutenção do negócio, desde uma simples cadeira até o pagamento de
alguma conta.
Misturar
o capital pessoal ao empresarial compromete o monitoramento dos resultados da
empresa, uma vez que o gestor perde o controle sobre dados importantes, como a
lucratividade, os custos do negócio, entre muitas outras coisas. Além disso, a
confusão patrimonial, aos olhos do fisco, pode ser interpretada como sonegação,
o que é uma situação ainda pior.
Manter processos manuais
sem necessidade
Pode
ter certeza: até mesmo microempresas, como quiosques de rua, já apostam na
tecnologia de alguma forma para aprimorar os processos internos. Algumas usam softwares de controle financeiro
e outras até apostam em ferramentas para o controle efetivo dos estoques. Nos
dias atuais, portanto, a tecnologia deixou de ser um diferencial e passou a ser
uma obrigação para o gestor.
O
segundo erro de muitos empreendedores, portanto, é manter de processos manuais,
que podem comprometer a eficiência da gestão por estarem mais suscetíveis a
erros e necessitarem de uma atenção maior por parte do gestor.
Ignorar o controle dos
fluxos de caixa
O
controle efetivo dos fluxos de caixa é o que separa a gestão profissional e
pró-ativa da velha administração reativa, que apenas “apaga incêndios” quando
eles aparecem. Essa é uma ferramenta indispensável para a gestão, e um grande
erro cometido por muitos gestores é ignorar o seu potencial.
Com
os fluxos de caixa o gestor pode planejar o seu futuro, pois, com as
informações obtidas pelo registro de entradas e saídas, é possível definir
metas com mais precisão, planejar a compra de estoques e até mesmo verificar a
possibilidade de realizar investimento ou contrair empréstimos. Sem dúvidas,
essa é a bússola do seu navio, item indispensável para o controle financeiro da
empresa.
Ter uma cultura
organizacional fraca
Vamos
supor que o gestor não cometa os erros mencionados por nós anteriormente. Muito
bem, ele já está no caminho para um controle financeiro efetivo. Acontece que
muitos processos internos são realizados pelos colaboradores, o que reduz a
intervenção do gestor e pode ser a porta de entrada para o surgimento de
inúmeras gafes.
Por
isso, outro erro que precisa ser citado é a falta de uma cultura organizacional
pautada na prestação de contas. É fundamental que os funcionários entendam a
importância de cada um dos processos internos. O simples registro das operações
no caixa, por exemplo, é fundamental para que o controle seja efetivo. Por
isso, você deve apostar em treinamentos para transmitir bons valores para os
profissionais.
Negligenciar o
planejamento tributário
Você
sabe o quanto paga de impostos todos os meses? Saberia dizer se adota o modelo
de tributação mais adequado para o seu negócio? Faz o recolhimento apropriado
de todos os tributos? Todas essas perguntas precisam ser respondidas; afinal,
as empresas precisam otimizar ao máximo esse tipo de processo para evitar paga
mais do que devem.
Um
erro que deve ser evitado a todo custo, portanto, é negligenciar o planejamento
tributário da empresa. É fundamental procurar prestadores de serviço
especializados na área para que você consiga fazer um bom planejamento e, dessa
forma, reduzir ao máximo os encargos nessa área.
Esquecer o capital de giro
do negócio
Uma
situação muito comum: o gestor precisa de dinheiro para comprar algum item
indispensável para o escritório ou até mesmo coisas mais importantes, como a
reposição dos estoques de mercadorias. Sabendo que a empresa vendeu bastante no
último mês, confia que haverá os recursos necessários. Acontece que a maioria
das vendas foi a prazo. Sem dinheiro, e agora? Empréstimos?
Os
giros de capital são indispensáveis para fazer o controle financeiro da
empresa; afinal, é sempre importante contar com os recursos para a manutenção
da rotina operacional diária. Você deve avaliar quais são as suas necessidades
por meio dos fluxos de caixa, conforme já vimos.
Achar que controle
financeiro é algo complicado
Por
fim, um erro comum à maioria dos brasileiros. Muitos ainda acreditam que o
controle financeiro da empresa é algo de outro mundo, quando não é verdade. Se
considerarmos o apoio significativo que a tecnologia pode oferecer, vemos que
na verdade essa é uma tarefa primária. Por isso, se você for um dos
empreendedores que pensa assim, comece agora mesmo a rever os seus conceitos!
É
claro, é sempre importante procurar se especializar ainda mais na área. Cursos,
pós-graduações e até workshops podem fazer toda a diferença entre uma gestão
profissional e uma amadora. De uma forma ou de outra, é fundamental
desmistificar o assunto!
Fonte:
Blog Sage
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