Dois
erros comuns ocorrem em muitos negócios: a atribuição de margem de lucro
inadequada na precificação de produtos ou serviços e a inexatidão na projeção
de resultados. Esses dois equívocos (e muitos outros) podem ser facilmente
evitados com a análise de break even, que calcula o momento em que a empresa
paga todas as suas despesas e passa a ter lucro.
A
partir desse ponto de equilíbrio, torna-se mais fácil e seguro atribuir a
porcentagem de lucro e demais adicionais, assim como planejar o alcance de
objetivos e a saúde financeira empresarial em curto e médio prazos.
Percebeu
a importância de encontrar esse ponto? Então, continue lendo e entenda por que
chegar a ele, de que forma fazer isso e como utilizar a ferramenta
internamente!
O ponto de equilíbrio
A
expressão “break even” define o marco zero da organização, quando as operações
somam exatamente o valor dos custos fixos e variáveis. Significa que o negócio
está equilibrado e pode arcar com suas obrigações.
Caso
as vendas ou prestações não alcancem os gastos (ou seja, o break even não seja
atingido), há um desequilíbrio que põe em risco a continuidade das atividades.
A importância do break
even
Em
primeiro lugar, quando o negócio chega a essa marca, já sabe que não está
perdendo dinheiro. Ainda que não esteja ganhando, conseguir pagar todas as
contas é o primeiro passo para sobreviver e posteriormente gerar lucro.
Correta precificação
Definir
os preços de produtos ou serviços depende de alguns elementos, como margem de
lucro desejada, situação do mercado e despesas a serem suportadas.
Realizando
a análise, essa precificação é mais segura e exata. Por exemplo, na percepção
de que os custos são facilmente cobertos, pode ser possível reduzir minimamente
o percentual de lucro desejado para ganhar competitividade entre a
concorrência.
Percepção de lucratividade
Um
erro muito comum de empresários e gestores é avaliar o sucesso pela geração de
receita. Porém, não adianta muito alcançar um faturamento anual de R$ 1 milhão
que resulte apenas em R$ 50 mil de lucro líquido. Em uma hipótese como essa, a
falta de uma análise de break even pode ser a causa do não reconhecimento do
excesso de gastos ou da má precificação. E a consequência é a lucratividade
baixa vigente.
Projeção de resultados
Sabendo
de quantas vendas ou prestações a empresa precisa para cobrir seus custos e ter
lucro, e relacionando-as com o desempenho médio ou com um projeto de
crescimento elaborado, os resultados previstos tornam-se mais confiáveis.
Estudo de viabilidade
Tanto
quem está começando a pensar em abrir uma empresa quanto o gestor que pretende
adicionar novo produto ou serviço ao empreendimento podem analisar o ponto de
equilíbrio antes mesmo de ter a atividade na prática. Por que? Para que saibam
previamente o quanto investirão para isso e quanto deverão gerar em negócios
para pagar as contas e depois ter resultado líquido.
O desenvolvimento da
análise
O
primeiro passo para estabelecer a marca é apurar as despesas fixas, como
aluguel, e variáveis, como comissões, aquisições de materiais e mercadoria e
impostos, que deverão ser cobertas. Depois disso, é preciso definir o período a
ser analisado. Por fim, deve-se fazer a relação do resultado dos custos com
volume de negócios, preço unitário ou outra forma de faturamento que sirva à
avaliação da ocasião.
Para
facilitar a explicação, um exemplo prático utilizando um escritório de
contabilidade:
Ø Despesas
fixas nos 6 meses seguintes: R$ 15 mil;
Ø
Projeção de despesas variáveis nos 6 meses
seguintes: R$ 10 mil;
Ø
Total de despesas para o período projetado:
R$ 25 mil;
Ø
Ticket médio dos serviços contábeis: R$
700;
Ø Ponto
de equilíbrio arredondado: 36.
Ou
seja, com 36 clientes a empresa consegue quitar suas obrigações fixas e
variáveis consequentes da quantidade atendida. A partir disso, toda a renda
gerada passa a ser lucro.
Como
usamos um exemplo de projeção, um planejamento de aquisição de clientes pode
modificar a análise. Então, os custos variáveis aumentariam proporcionalmente,
mas os fixos não. Ao final, o ponto de equilíbrio seria maior junto ao
resultado líquido proveniente do maior número de contratos.
Fonte:
Blog Sage
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