Delegar as tarefas
operacionais para se dedicar em período integral à gestão da empresa, adotar
estratégias de marketing voltadas a segmentos específicos e investir em
tecnologia de ponta a fim de atender clientes a cada dia mais exigentes em
relação à qualidade dos serviços contratados.
Se para muitos dos
contadores considerados tradicionais tudo isso pode parecer um enorme
bicho-de-sete-cabeças, os novos empreendedores contábeis têm encarado essa
transformação com naturalidade e de maneira assertiva.
Em geral, já compreenderam
que apenas os conhecimentos técnicos não são mais o bastante para criar um
negócio sustentável e bem-sucedido no ramo contábil. Por isso, além de dominar
a técnica da profissão, eles estão mergulhando em áreas essenciais a qualquer
outra empresa, como gestão de marketing e estratégias de engajamento de
Recursos Humanos.
Ao contrário de muitos
empresários tradicionais, estes jovens concebem a tecnologia como condição
natural de existência do ser humano e reconhecem a importância de estudar o
empreendedorismo antes de dar os seus primeiros passos rumo à vida empresarial.
Este movimento, na
realidade, faz parte da própria mudança do perfil do empreendedor brasileiro,
cujo nível de exigência em relação ao mercado em que atua tem crescido
exponencialmente.
A partir do momento que
ele se prepara, faz um plano de negócios detalhado e se dedica a uma análise
mercadológica eficiente, dentre outros fatores, passa a exigir de seus
fornecedores o mesmo profissionalismo e seriedade em sua atuação.
Hoje, no Brasil, apenas
13% dos empreendedores procuram o auxílio de profissionais especializados antes
de abrir o seu negócio. Na área contábil, por sua vez, percebo que um percentual
ainda pequeno dos cerca de 54 mil escritórios estão se preparando para inovar
sua oferta de serviços, indo muito além do mero cumprimento de obrigações
acessórias. Eles buscam a excelência em seus processos internos por meio de
programas de certificação de qualidade, mas não param por aí. Sabem que para
inovar precisam de apoio estratégico, tecnológico e mercadológico.
A tendência é que estes
números cresçam exponencialmente nos próximos anos, embalados sobretudo pelos
jovens empresários e por aqueles que souberem enxergar a necessidade de mudar de
rota e se capacitar para oferecer uma experiência diferenciada aos seus
clientes.
Num cenário de
globalização, essa transformação se torna ainda mais urgente para competir com
as empresas internacionais em atendimento e custo.
É empolgante perceber que
essa nova geração de empreendedores contábeis já está despertando para essa
realidade e buscando maneiras de identificar oportunidades e atuar de maneira
mais próxima de seus clientes.
Só assim conseguirão se
manter competitivos perante a concorrência internacional e dos próprios escritórios
que, sem o devido preparo, terão de apostar tão somente no fator preço como
diferencial, até dar os seus últimos suspiros no mercado brasileiro.
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