Sua
empresa já está preparada para o eSocial? Desde que o projeto começou a ser
delimitado, percebemos que a sua implantação não seria uma tarefa simples para
as empresas.
Isso
porque ele é diferente de todos os outros projetos de informatização já
instituídos pelo governo federal, pois partiu de uma ação conjunta entre Caixa
Econômica Federal, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Ministério da
Previdência (MPS), Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS) e Secretaria
da Receita Federal do Brasil (RFB).
Porém,
vale destacar que ao longo das reuniões de que participamos, notamos o quanto o
eSocial trará evoluções significativas para a forma de envio das informações
fiscais, tributárias, previdenciárias e trabalhistas.
Afinal,
se antes era preciso enviar as várias obrigações acessórias separadamente para
diversos órgãos, agora elas serão concentradas em um único ambiente.
O
novo formato eletrônico também veio ao encontro de algumas necessidades
antigas, como a diminuição do consumo de papel e a dificuldade de armazenamento
desse material pelo período necessário.
Além
disso, boa parte das empresas concorda que, em longo prazo, o projeto tem tudo
para ajudar na diminuição da burocracia na legislação trabalhista brasileira.
Não há o que se discutir nesse ponto. Os benefícios virão no decorrer dos anos.
Entretanto,
o projeto impõe desafios tanto aos fornecedores de software, quanto às empresas
que são beneficiadas com suas soluções.
Um
deles é a não reforma da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Afinal,
muitas leis que regem a CLT estão ultrapassadas e, provavelmente, só serão
percebidas na prática quando o eSocial já estiver em vigor.
Mas
a maior preocupação das organizações ainda está no fato de que o eSocial não exige
apenas uma adequação tecnológica, mas, sobretudo, uma mudança cultural.
Essa
nova postura levará tempo para ser assimilada pelas áreas de gestão de pessoas,
contábeis, jurídica e demais áreas envolvidas na prestação dessas informações.
Não
será um processo rápido, já que por tantas décadas as obrigações foram
entregues posteriormente ao seu acontecimento, e com o eSocial algumas
informações deverão ser enviadas com antecedência.
Nesse
contexto, o papel do RH é fundamental para que a transformação cultural
aconteça com o menor impacto possível.
Como
a área de gestão de pessoas é a mais impactada, ela exerce importante papel na
indicação das melhores soluções e ferramentas para atender às demandas
decorrentes do eSocial e também na preparação de seus colaboradores para lidar
com essa nova realidade.
Além
disso, o gestor de RH precisa se conscientizar da sua importância nesse
cenário, já que passa a ter um papel fundamental junto aos demais setores
envolvidos.
Segundo
uma pesquisa realizada pela PricewaterhouseCoopers (PwC), em 2015, 44% das
empresas acreditam que o RH será a área mais impactada com o início do projeto.
Em
síntese, cabe a esse segmento analisar a empresa como um todo, verificando se
os processos atuais atendem ao projeto e deliberar, caso necessário, pela
criação de novos procedimentos.
De
fato, o eSocial exige que o RH seja verdadeiramente estratégico e antecipe-se
aos fatos que impactarão os negócios e os resultados da empresa.
O
momento é de turbulência, mas não é para pânico, principalmente se seus
parceiros e fornecedores oferecem o respaldo necessário tanto com relação à
tecnologia - provendo soluções que consigam atender a toda a complexidade do
projeto - quanto no que se refere ao cumprimento da legislação trabalhista.
Fonte:
Diário do Comércio – SP
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