Dizer a um empregado que ele
será demitido, despedido, desligado ou mandado embora costuma ser desagradável
para a maioria dos chefes, não importa e palavra que ele use – menos talvez
para Donald Trump, que mandava embora sem piedade os candidatos do reality show
O Aprendiz. Uma decisão como essa afeta a vida do empregado, sua equipe de
trabalho e possivelmente a reputação de quem o demite.
Em um artigo publicado no
site da Harvard Business Review, o consultor Ron Ashkenas listou algumas dicas para os
gestores lidarem melhor com o momento de demitir. Segundo ele, muitas pessoas
acabam adotando uma atitude inadequada por conta da tensão e acabam
transformando uma conversa difícil em algo ainda pior.
Primeiro, afirma Ashkenas, é
preciso ter certeza de que a demissão é o último passo de um processo cauteloso
e transparente que começou muito antes. Se o motivo da saída é desempenho
fraco, o desligamento deve ocorrer após diversas discussões sobre aquela
performance. Se for por conta de reestruturação da empresa ou corte de
funcionários, a saída deverá ser antecipada por anúncios oficiais. Tudo isso
para que a demissão não seja uma completa surpresa. Em grandes empresas, a área
de RH geralmente tem diretrizes estabelecidas para que esse processo aconteça.
Em segundo lugar, é
importante estar munido de informações no momento de dar a notícia. O futuro
ex-funcionário pode perguntar coisas como quando será seu último dia de
trabalho, se não há outra oportunidade na empresa e como ficarão seus
benefícios. Se dados como esses não estiverem na ponta da língua, o ideal é
levantá-los antes da reunião.
Outra dica é estar preparado para ouvir sem reagir. Perder um
emprego pode ser traumático, e o funcionário atingido talvez queira
compartilhar as mágoas e angústias com aquele que lhe deu a má notícia. O ideal
é ouvir com respeito e mostrar à pessoa que ela terá de se concentrar em seguir
em frente. Oferecer-se para conversar depois, quando os ânimos tiverem se
acalmado, é uma saída.
A última medida depois da demissão é falar com a equipe sobre a
decisão, suas motivações e implicações. De acordo com Ashkenas, os funcionários
podem entender a decisão ou ficar com a sensação de não compreender exatamente
o que aconteceu. Mas, em ambos os casos, aconselha o consultor, o gestor
precisa ser sensível às suas emoções e ajudá-los a retomar o foco no trabalho.
Fonte:
Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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