Misturar as contas do carro pessoal, do
supermercado ou da escola das crianças com as despesas da empresa é uma prática
comum nas pequenas e médias empresas. Mas, segundo
especialistas, este é um erro que pode ser fatal para sobrevivência do negócio.
“Seja extremamente organizado. Esta é a melhor forma de separar você de sua empresa”, justifica Reinaldo Messias, consultor do Sebrae/SP. Confira outras cinco dicas para aprender a organizar finanças pessoais e empresariais.
1. Não
leve despesas domésticas para a empresa
Geralmente,
os pequenos empresários são engolidos pela rotina do negócio: controlar
estoque, coordenar vendas, pagar funcionários. Até que as atividades pessoais
começam a se misturar a esse cotidiano e ele paga a escola do filho ou o
supermercado com dinheiro da empresa.
Os especialistas são taxativos: conta
pessoal é pessoal. “Não pode mandar a secretária da empresa ao banco pagar a
escola dos filhos. Pague pela internet e não use nenhum recurso da empresa para
problemas pessoais”, ensina Ângela Menezes, professora de finanças do Insper.
2. Tenha
contas correntes separadas
O empresário muito bem organizado
pode até ser capaz de separar as despesas pessoais das contas da empresa
utilizando uma mesma conta. “Não tem problema misturar os valores, desde que se
lance separado nas planilhas”, diz Galhardo. Mas o ideal é ter contas correntes
separadas para cada atividade. “Antigamente, as pessoas falavam da CPMF como
desculpa, mas ela já acabou e não precisa misturar as contas”, diz.
3. Defina
suas retiradas
Um desafio comum à maioria dos
pequenos empresários é saber quanto devem retirar por mês. Se todo lucro vai
parar no bolso do dono, a empresa fica sem investimentos. O pro-labore deve ser
o salário do empresário. “As pessoas definem a retirada conforme a necessidade
da pessoa física. Está errado. Tem que definir conforme a função que ele
exerce. Se você fosse contratar alguém para a sua função, quanto pagaria?”,
sugere Galhardo. Messias, do Sebrae/SP, sugere que haja um planejamento das
retiradas e caso precise de dinheiro extra, pague no mês seguinte.
Outra forma de retirada é através do
lucro. “Essa antecipação de lucros pode ser mensal ou semestral. Feche a
planilha do período e planeje quanto vai ser retirado e qual parte vai ser
reinvestida na empresa”, explica.
4. Busque ajuda
A primeira dica dos especialistas é
começar a fazer um controle das finanças imediatamente. “Sem informações, não
há como saber onde está o problema”, diz Galhardo. Se você não se sente seguro
para fazer sozinho, contrate um funcionário de confiança para isso ou invista
em tecnologia. “Comprar um software de gestão de fluxo de caixa, mesmo que barato,
ajuda bastante a montar as planilhas”, diz Ângela.
“Você pode utilizar aplicativos em
seu smartphone que possibilitam um controle eficaz de seus gastos pessoais
diários”, sugere Messias. Se quiser aprender a controlar melhor os gastos,
busque cursos de finanças e fluxo de caixa.
5. Conheça os produtos do seu banco
A falta de informação é um dos
problemas das pequenas empresas. Por isso, muita gente acaba usando o cartão de
crédito da empresa para compras pessoais e vice-versa. “Os bancos estão mais
preparados para gerir contas de pessoa física do que de pequenos empresários e
alguns produtos ainda são deficitários”, opina Galhardo. A sugestão é ter
contas separadas e sentar com o gerente do banco para conhecer como aproveitar
melhor os produtos empresariais e pessoais sem misturar as coisas.
Fonte: Exame.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário