Com
prazo limite de adesão até novembro deste ano, apenas 5,6% das Micros e
Pequenas Empresas (MPEs) e Microempreendedores Individuais (MEIs) já se
adequaram ao eSocial, segundo pesquisa realizada pelo Sistema Fenacon
Sescap/Sescon. O programa requer uma série de artigos, regulamentações e
atualizações trabalhistas, sob pena de multa pelo não cumprimento ou até mesmo
dificuldade na emissão da folha de pagamento. Por isso, os empresários devem
buscar a regularização o mais rápido possível.
A
primeira fase do eSocial entrou em vigor em janeiro para as empresas com
faturamento superior a R$78 milhões/ano. As demais deveriam ingressar em julho,
na segunda fase do programa. “Cerca de 80% das empresas que vão entrar nesta
etapa têm faturamento anual menor a R$4,8 milhões. Se as grandes tiveram
dificuldades, para as pequenas, que têm menos estrutura, o problema seria ainda
maior”, avalia o presidente da Federação Nacional das Empresas de Serviços
Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas
(Fenacon), Sergio Approbato Machado Júnior.
Como
essa legislação obriga os empresários a realizar práticas que nunca foram
obrigatórias, um dos principais desafios está na qualificação cadastral dos
funcionários. O resultado da pesquisa demonstra que apenas metade (50,6%) das
MPEs já finalizaram o procedimento para verificar a existência de divergências
entre o cadastro interno de seus funcionários e excluir os bancos de dados do
governo. “As empresas precisam correr, pois não é um procedimento simples.
Geralmente, leva mais de um mês para que todo o trabalho cadastral seja
concluído”, ressalta o presidente do Sescon Campinas Edison Ferreira Rodrigues.
Para
Machado Junior é preciso que se faça do eSocial um projeto de governo, com
capacitação, treinamento, além de ampla e irrestrita divulgação de informações
em meios de comunicação de massa. “Recentemente falei sobre isso na Casa Civil
e estamos aguardando o atendimento dessa solicitação o mais rápido possível,
pois a nossa preocupação é que, por falta de conhecimento, sem uma divulgação
adequada por parte do governo, as empresas não abracem essa causa”.
Fonte:
Sescon Campinas
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