Segundo
dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) o Brasil encerrou
o ano de 2017 com mais demissões do que contratações – foram 14.635.899
admissões e 14.656.731 desligamentos. Além disso, segundo o Fórum Econômico
Mundial, está prevista a perda de 7,1 milhões de empregos até 2020.
Algumas
vezes o corte de custo é realmente necessário, mas na maioria delas, focar
apenas na redução de despesas não é a melhor estratégia. “O segredo é criar
valor para a empresa, hoje e no futuro”, diz Aureo Villagra, CEO da Goldratt
Consulting Brasil.
Demissões afetam a
capacidade da empresa em entregar valor
Quando
o caixa da empresa está comprometido não há liberdade de manobra, mas se este
não é o caso a decisão deve ser muito bem pensada. “Cortar custos de forma
linear, especialmente com reduções de pessoal, normalmente afeta a capacidade
da empresa em entregar valor”, comenta Villagra. “De uma forma ou outra, ela
reduz seus serviços, sua flexibilidade ou sua agilidade em servir seus
clientes”, completa.
A empresa pode prejudicar
seus objetivos a longo prazo
A
empresa poderá focar-se muito nos seus objetivos de curto prazo, entregar o
lucro do trimestre e prejudicar seus objetivos de longo prazo, manter-se
competitiva e crescendo no mercado. “O ideal é transformar o momento em uma
oportunidade e não aumentar ainda mais o problema com decisões focadas em curto
prazo”, diz Villagra.
Aproveite o corte de
custos, para construir uma vantagem competitiva
Em
uma situação de crise generalizada os clientes da empresa provavelmente também
estão em um ciclo de demissões e corte de despesas, muitas vezes precisando
mais ainda da ajuda de seus fornecedores, mais serviços, flexibilidade e
velocidade. Por outro lado seus concorrentes provavelmente também reduziram
quadros e não estão prontos para oferecer mais serviços.
“É
o momento de prestar atenção na nova realidade”, diz Villagra. “Com certeza é
importante proteger seu caixa e seus gastos, mas sem nunca deixar de pensar em
como entregar mais valor para seu cliente”, completa.
Fonte:
Jornal Contábil
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