O
ano de 2016 será desafiador para os contabilistas, até porque há diversas
alterações legais em pauta e, consequentemente, obrigações acessórias motivadas
por novas e/ou velhas legislações que integram o pacote do Sistema Público de
Escrituração Digital (Sped).
Nesse
cavalo-de-batalha acrescentam-se, ainda, o eSocial, EFD-Reinf - Escrituração
Fiscal Digital das Retenções e Informações da Contribuição Previdenciária
Substituída, ECF (segundo ano, com alterações advindas das alterações
tributárias e normativas contábeis), e-Financeira (primeira entrega em
maio/2016) e alterações na tributação do mercado exportador/importador, entre
outros.
Por
sua vez, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse que dará continuidade aos
projetos de reforma tributária do PIS/Cofins e do ICMS. E, nesse sentido, as
alterações no cenário tributário refletem diretamente na contabilidade das
empresas. "As atuais sistemáticas de apuração do PIS e da Contribuição
para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) causam dúvidas aos usuários da
contabilidade, pois trazem em sua estrutura conceitual variáveis que precisam
de harmonização, qualificação do segmento empresarial e opção tributária",
observa Geuma Nascimento, sócia da TG&C - Auditoria, Consultoria e Contabilidade.
"As
novas formas de cobrança desses impostos já trazem grande inquietação ao
mercado. Algumas consultorias calculam que a arrecadação anual aumentaria em R$
50 bilhões, em decorrência dessa elevação", diz a diretora de consultoria
da ABC71 Sistemas de Gestão, Miriam Negreiro. "Além disso, há complicações
de imposto cumulativo e não cumulativo, se a empresa optou por lucro presumido
ou lucro real, incidência sobre o valor total ou sobre valor agregado e
alíquotas diferentes com aumento até por volta de 5%", completa.
Para
o presidente da ABC71, Antonio Barbosa, o setor de serviços enfrentará grande
batalha, pois o regime cumulativo não permite a dedução de créditos
tributários. Alterando o sistema para não cumulativo, a alíquota do setor terá
que subir, encarecendo ainda mais a operação impactada pelo custo de mão de
obra.
A
prorrogação da obrigatoriedade de janeiro de 2016 para janeiro de 2017 do Bloco
K (controle da produção e do estoque) também exigirá maior esforço do setor
contábil. "Temos observado parcerias de escritórios de contabilidade com
empresas de software, que possuem produtos compatíveis e custo viável. Nesse
caso ganham o escritório de contabilidade, o fornecedor de software e,
principalmente, o cliente, com os gestores descobrindo como otimizar e aumentar
suas margens", destaca Miriam, da ABC71.
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