O
Ministério do Trabalho aumentou o cerco para evitar fraudes ao programa do
seguro-desemprego. O problema é que muita gente que realmente precisa do
benefício, agora está ficando de fora.
A
administradora Virgínia Travassos foi demitida em outubro do ano passado. Em
novembro, ela deu entrada no seguro-desemprego, mas até agora nada de receber
as parcelas. Ela não sabia que para ter direito ao benefício, ela não podia ter
o CPF ligado a nenhuma empresa.
Muita
gente tem emprego com carteira assinada e mantém uma empresa aberta, para
complementar a renda. Outros emprestam o CPF para amigos ou parentes abrirem um
negócio. Não importa o caso, se o CPF tiver qualquer vínculo com empresa, o
acesso ao seguro-desemprego é negado.
A
exigência de que o trabalhador dispensado não tenha outra renda a não ser a do
emprego com carteira é antiga, mas desde outubro do ano passado, o CPF do
beneficiário vem sendo cruzado com a base de dados da Receita Federal. A medida
foi tomada para evitar fraudes. Em pouco mais de dois meses, mais de 26 mil
pessoas foram identificadas como tendo empresas. Elas tiveram o acesso negado e
entraram na Justiça.
Fonte:
Jornal Hoje
Nenhum comentário:
Postar um comentário