A
maioria dos donos de micro e pequenas empresas (MPEs) que buscam o Sebrae-SP
para consultoria financeira está com o mesmo problema: as contas não fecham.
Como desgraça pouca é bobagem, frequentemente eles simplesmente nem sabem
identificar as causas para a falta de caixa. E se não sabem onde está o revés,
como chegar à solução?
Nesses
casos, o melhor é fazer uma check list dos possíveis motivos da dificuldade nas
finanças.
A
primeira – e automática – suspeita recai sobre o faturamento. Será que está
abaixo do necessário para atingir o ponto de equilíbrio? (Só lembrando, ponto
de equilíbrio é a situação em que a empresa não registra lucro nem prejuízo,
apenas empata o jogo).
Outra
hipótese é verificar se as obrigações com empréstimos e financiamentos estão
acima dos ganhos.
E
as retiradas pessoais, isto é, o pró-labore dos sócios, estariam em nível
compatível com a capacidade do empreendimento? Dono de empresa desfalcando o
próprio negócio não é tão inusitado quanto parece.
O
empresário também deve avaliar se os prazos médios de pagamento e de
recebimento estão afinados. Falamos aqui do capital de giro, recursos para
manter as operações do empreendimento. Desequilíbrios entre a verba que entra e
a que sai levam a vácuos no orçamento.
A
destinação do dinheiro é mais um foco de preocupação. Se valores que mantinham
o capital de giro foram direcionados para investimentos de longo prazo, é
evidente que cresce a chance de surgir um buraco na contabilidade.
A
Demonstração de Resultados (DRE) é um instrumento contábil importante e deve
ser elaborada mensalmente. Além de saber se houve lucro ou prejuízo, ela mostra
a pressão dos custos, a participação de encargos sociais e impostos, a análise
das vendas, enfim, vários elementos que ajudam a entender as finanças do
negócio.
Para
facilitar a análise, o empresário precisa ter o hábito de registrar todos os
custos e as despesas; usar planilhas ou sistemas para registrar as informações;
organizar os lançamentos financeiros e separá-los por planos de contas para
facilitar a consulta e o estudo dos números e, ainda com o auxílio da DRE,
checar os indicadores e sua evolução ao longo do tempo.
O
importante é estar atento aos dados. Na dúvida, um profissional de
contabilidade pode ajudar.
Fonte:
Jornal Contábil
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