Muitos
países buscam alternativas para que as pessoas mais velhas não fiquem sem
renda. Uma delas, pode ser a previdência complementar. Mesmo esse tipo de
previdência não garante um sossego completo.
Para
quem ainda está na faculdade, fazendo planos de carreira, família, viagens,
novos cursos, imaginar a vida aos 60 anos é difícil e pensar em como vai se
sustentar nesta idade é um projeto distante. Hoje, quem garante a aposentadoria
para quem chega nessa idade são a Previdência Social do INSS e a do serviço
público.
Todo
brasileiro que trabalha com carteira assinada contribui com parte do salário. A
empresa também gasta dinheiro - via encargos.
O
consultor de TI, Bruno Menichatti, contribui desde o primeiro emprego. “Já não
sei se quando eu me aposentar vai ter dinheiro para mim. Eu acredito que vai
ter, não exatamente o que imagino. Quanto que seria esse dinheiro ou quando”.
O
INSS paga todo mês R$ 18,9 bilhões só em aposentadorias. O problema é que o
número de contribuintes está encolhendo enquanto o de aposentados só cresce.
Há
40 anos nasciam, em média quatro, crianças por família, hoje em média as
famílias têm menos de dois filhos. Também estamos vivendo mais. A expectativa
de vida aumentou quase 13 anos desde a década de 1980. O que significa que tem
menos gente para contribuir e mais gente recebendo por mais tempo.
Para
muita gente, a luz amarela já acendeu: essa conta pode não fechar mais. O
engenheiro Rafael Rodrigues Campos tratou de fazer uma previdência
complementar. “O país está envelhecendo antes de ter dinheiro para pagar a
aposentadoria de todo mundo, então é por isso que essa regra para quando eu me
aposentar talvez não valha mais”, diz.
A
adesão aos planos de previdência privada tem crescido. Em 2011 eram menos de 11
milhões de planos. Este ano, são mais de 12 milhões.
“A
Previdência complementar vem para as pessoas que entendem que o teto ou o
benefício que elas imaginam que vão receber da Previdência Social não vai ser
suficiente para cobrir o nível de expectativa e o nível de despesa que elas vão
ter quando se aposentarem”, explica o presidente da Federação Nacional de
Previdência Privada e Vida, Edson Franco.
Mas
a previdência privada tem um custo alto. Às vezes, muito alto. Quem vai
contratar um plano tem que se informar muito bem para não se arrepender e ver
direito o contrato porque tem regra que não pode ser mudada.
Quem
faz previdência privada vai pagar taxa de administração, paga taxa de
carregamento se quiser fazer um depósito extra, paga imposto de renda, que vai
variar conforme o tipo de contrato e paga se retirar o dinheiro antes da hora.
Antes de dois anos, a alíquota pode chegar a 35%. Por isso, é bom deixar o
dinheiro rendendo por uns 20, 30 anos antes de mexer. E quanto mais cedo
começar a aplicar, melhor.
“O
ideal é 25/30 anos, mas até os 40 anos é possível acumular todos os meses sem
sacrificar muito o salário presente. O esforço terá que ser maior do que se
começar com 25/30 anos, mas ainda assim será possível acumular recursos, de tal
forma obter uma aposentadoria após os 65 anos. Passou dos 50 anos, o ideal é
poupar por conta própria”, orienta o professor de macroeconomia do Mackenzie,
Pedro Raffy Vartanian.
Fonte:
G1
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