Um
dos grandes desafios do mundo empresarial é evitar que bons funcionários deixem
a empresa e levem o know-how (conhecimento) para concorrência. A satisfação é
um ponto fundamental para esse quesito, mas as organizações tem avançado pouco
na hora de encontrar alternativas que promovam a retenção de talentos e a
felicidade no trabalho.
Um
levantamento realizado pelo Hay Group, que ouviu 906 companhias no Brasil entre
novembro e dezembro de 2014, apontou que apesar de 74% das empresas
considerarem a retenção um tema muito importante, apenas 26% tem programas
estruturados para isso. Outro levantamento, publicado em 2013 pela mesma
consultoria, mostrou que 70% das empresas tem dificuldades de contratar e que
apenas 11% desenvolviam táticas e programas para minimizar a rotatividade de
suas equipes.
A
verdade é que o departamento de Recursos Humanos tem exercido um papel
estratégico e fundamental para identificação e controle de desperdícios
financeiros. Isso porque reter talentos, potencializar a produtividade e
aumentar os índices de satisfação são uma das maneiras mais eficientes de
minimizar gastos.
Para
os especialistas, se as empresas se dedicassem mais na formação dos
funcionários, a rotatividade diminuiria. Os programas de retenção devem contar
com o desenvolvimento profissional de seus funcionários. Quando um colaborador
sabe o que ele tem que melhorar para ser promovido e conhece o próximo passo
que precisa dar na carreira, ele reconsidera as ofertas externas que recebe
porque leva em conta o crescimento em longo prazo.
Outra
estratégia é oferecer um programa de vantagens. Aumentar o salário simplesmente
não resolve o problema. Uma maneira barata de agregar mais benefícios é filiar
a empresa e os funcionários a um grêmio virtual. Essa terceirização vai buscar
parcerias com academias, restaurantes, faculdades ou escolas de idiomas. Assim,
o RH adquire um clube de vantagem muito mais amplo para seus funcionários. Com
o grêmio virtual, o gestor otimiza seu tempo e pode se dedicar apenas na
organização e sistematização dos benefícios dentro da rotina da empresa.
Trata-se de uma excelente opção para potencializar o salário dos colaboradores
através dos descontos adquiridos, assim como realizar eventos corporativos que
promovam a qualidade de vida na empresa.
A
retenção de talentos vai muito além de aumentar salários, dar feedbacks a cada
três meses e oferecer um plano de saúde. É preciso criar programas de
crescimento profissional sólidos, um ambiente produtivo e saudável para o
trabalho em equipe e um programa de benefícios capaz de agregar valor,
facilidades e economia de gastos para os colaboradores.
Infelizmente,
alguns gestores de RH confundem motivação com alegria, crescimento profissional
com aumento de salário e programa de benefícios com vale transporte e plano de
saúde. Dessa forma, as empresas investem tempo e dinheiro de maneira errada
tentando aumentar os números de satisfação da equipe e falhando miseravelmente
nessa missão.
Fonte:
Revista Dedução
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