Ser
um ótimo gestor pode ser uma tarefa muito difícil, em virtude das inúmeras
responsabilidades que esta posição invariavelmente traz consigo. No entanto,
existem princípios que podem auxiliar gestores a desenvolverem suas
competências profissionais, e liderarem suas equipes de forma mais coesa e
dinâmica a cada dia. Com certeza, as cinco qualidades abaixo poderão ajudá-lo
de forma prática e funcional. E mesmo não sendo você um gestor, desenvolvê-las
o levará a tornar-se um exímio talento promissor, muito à frente dos seus
competidores. Lembre-se: em um mundo onde a maioria dos profissionais são
carentes de atitude e inovação, demonstrar qualidades enérgicas e produtivas
faz qualquer um destacar-se em sua área.
As
qualidades a que me refiro são estas: capacidade organizacional, dinamismo,
concentração, delegar responsabilidades e não pular etapas. Vamos analisar de
forma mais detalhada cada uma delas.
Capacidade organizacional
Todo
bom gestor é organizado. Mas sua organização é realizada de forma prática e
funcional, não obsessiva. Pragmático, todos os seus papéis, arquivos, notas
fiscais e documentos estão em ordem, de maneira que é fácil encontrar algo
específico sempre que necessário. O mesmo vale para o ambiente virtual. Isto
não apenas economiza tempo, mas facilita muito na hora que você precisa
encontrar um documento, um arquivo ou um contrato específico.
Dinamismo
Esta
é uma das qualidades mais importantes. Ela determina o tempo e o nível de
dedicação que o gestor dará a uma tarefa específica. Ser dinâmico requer
versatilidade, flexibilidade e destreza, pois isso significa que você
compreende a importância de administrar corretamente o seu tempo. Essa é uma
virtude que envolve necessariamente um cabedal significativo de qualidades a
serem desenvolvidas. Ser um gestor excelente implica em jamais dedicar uma
grande quantidade de tempo a tarefas menores ou até mesmo relativamente
insignificantes. No entanto, em virtude de defeitos pessoais, como insegurança
ou perfeccionismo, não são poucos os gestores que dispensam vultuosas
quantidades de tempo em tarefas inexpressivas, que não gerarão nenhuma
lucratividade para a empresa, e que poderiam ser delegadas a funcionários
subalternos. Outro grande problema nesta questão é que são pouquíssimos os
gestores que se dão conta desta terrível deficiência, e empenham-se com
determinação a eliminá-la. Lembre-se: é tão contraprodutivo dispensar grande
quantidade de tempo e energia em tarefas insignificantes quanto dispensar pouco
tempo em tarefas complexas e necessárias. Dispensar a quantidade certa de
empenho e dedicação a um determinado trabalho é elementar para o
desenvolvimento de uma boa gestão. Portanto, todo e qualquer empenho em
adquirir essa qualidade é fundamental, pois beneficia tanto o gestor quanto a
empresa em si.
Concentração
Esta
é outra qualidade relativamente difícil de adquirir. Muitas vezes, em função de
estar constantemente acossado por uma grande quantidade de afazeres, muitos
gestores se perdem em um enorme labirinto de compromissos, obrigações e deveres
diariamente, o que os impede de concentrarem-se devidamente em tarefas
específicas. A necessidade de verificar e-mails e atender telefonemas, reuniões
ou conferências, o que também será motivo de constantes interrupções, é um
grande obstáculo na execução de tarefas meticulosas. Em virtude deste fato,
este elemento – a concentração – pode ser um dos mais difíceis para qualquer
gestor adquirir e dominar, pois não raro são consequência de fatores externos,
cujas circunstâncias raramente dominarão. No entanto, todo e qualquer esforço
neste quesito sempre será motivo de progresso profissional. Recomenda-se que
determinadas tarefas, aquelas que podem esperar, é claro, sejam revisitadas nas
horas mais calmas do dia – a saber, no início da manhã, ou no final da tarde –,
períodos nos quais é mais difícil sofrer interrupções que prejudicarão a
concentração dedicada aos respectivos afazeres.
Delegar responsabilidades
Aqui,
não são poucos os gestores que encontram grande dificuldade. Como muitos são
inerentemente centralizadores, sentem-se relativamente inseguros em delegar
tarefas a seus subordinados, seja por não confiarem em suas capacidades
profissionais ou por julgarem-nos inexperientes. Não delegar responsabilidades
ou tarefas menores é um comportamento muito prejudicial, pois faz muitas vezes
com que um gestor acabe acumulando uma enorme quantidade de deveres sobre si, o
que o deixará invariavelmente extenuado e esgotado. Portanto, cercar-se de
colaboradores capacitados, e confiar na capacidade de cada um deles para
executar obrigações específicas é fundamental. Todo gestor deve ter em mente
que, quando ele tirar férias, ou se por acaso ficar doente, deve ter na empresa
um ou mais indivíduos plenamente capacitados a substituí-lo, de maneira que a
empresa não pare, tampouco venha a sofrer com problemas operacionais.
Não pular etapas
Ao
contrário da grande maioria dos equívocos alistados acima, este é um erro que
raramente os gestores cometem. Mesmo assim, é fundamental enfatizá-lo, pois
pular etapas, a menos que sejam, de fato, desnecessárias, pode comprometer de
forma irreparável o sucesso de um determinado projeto. De maneira que em
trabalhos de execução mais complexa, montar um diagrama ou um mapeamento de
todas as tarefas necessárias é fundamental. Assinalar o grau de prioridade de
cada uma delas pode ser tão importante quanto, especialmente quando
determinadas etapas, para serem executadas, dependerão invariavelmente da
conclusão de etapas iniciais. Não obstante, este é um cuidado que todo bom
gestor fará questão de manter.
Evidentemente,
ser um bom gestor envolve muitos mais do que estes cinco princípios. Mas é
praticando estes cinco princípios com muito empenho e dedicação que você a
começa a trilhar o caminho de uma gestão de excelência. É claro que você não
deve jamais cometer o erro de se cobrar a perfeição, tampouco deve ficar
obcecado com quaisquer um destes princípios, ou se martirizar demais, caso
tenha dificuldade em implementar um deles em sua gestão. Como seres humanos
imperfeitos, temos inúmeras limitações, e não raro aquilo que idealizamos na
teoria não se concretiza na prática da maneira como imaginávamos ou queríamos,
e é nestes momentos que precisamos saber gerenciar de forma astuta as nossas
frustrações, para que elas não se transformem em obstáculos ainda piores. De
qualquer maneira, devemos sempre ser muito razoáveis naquilo que esperamos de
nós e de nossos colaboradores. É verdade que o mercado está cada vez mais
exigente no que diz respeito à qualidade, e com a atual recessão, o quadro de
colaboradores da maioria das empresas se viu drasticamente reduzido, de maneira
que todas elas viram-se obrigadas a realizar mais com menos. Mas é aprimorando
as suas qualidades, de forma gradual, porém constante, vencendo uma etapa de
cada vez, que o sucesso se tornará cada vez mais real.
Fonte:
Jornal do Empreendedor
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