Para
o contador atento ao mercado, não faltam oportunidades para se aproximar do
cliente e posicionar-se como um provedor de soluções. Uma delas acontece a cada
início de ano. É o momento no qual as empresas definem seu enquadramento
tributário para os próximos 12 meses. Que tal oferecer seu suporte a essa
decisão?
Enquadramento tributário
2018: a hora é agora
Janeiro
vem aí. É um novo ano, o que sempre abre perspectivas para dias melhores. Para
empresas contábeis que esperam um 2018 melhor, uma boa forma de começar a
traçar esse caminho é se posicionando ao lado do cliente em uma decisão tão
importante.
É
no primeiro mês do ano que as empresas brasileiras precisam definir o seu
enquadramento tributário. Caso haja necessidade de alteração de regime para o
recolhimento de impostos, não dá para deixar para depois. Obviamente, uma
decisão tão importante não pode ser realizada sem planejamento.
Embora
para a maioria das pequenas empresas o Simples Nacional seja a escolha mais
vantajosa, há vários pontos de atenção que devem ser considerados para
confirmar ou não essa percepção. E, em 2018, há muito mais com o que se
preocupar.
A
partir de 1º de janeiro, entram em vigor as regras de um novo Simples Nacional.
Especialmente para quem atua no setor de serviços, cálculos mais detalhados
serão exigidos para entender em qual anexo da lei a empresa se encaixa.
Há
novos limites de faturamento a observar, diretrizes de transição entre 2017 e
2018, um novo fator a considerar nos cálculos (que leva em conta a remuneração
da mão de obra) e alíquotas diferentes.
Resumindo:
são muitas mudanças, o que dificulta o entendimento por parte do seu cliente.
Não
custa lembrar que, diferente de você, esse não é o “mundo” dele. Suas
preocupações privilegiam as operações do negócio. Impostos, para ele, são quase
sempre um problema e passam longe de solução. Ou seja, cabe a você ocupar esse papel
e dar a ele a tranquilidade desejada.
Por que ajudar o cliente
no planejamento tributário
Estar
ao lado do cliente na decisão quanto ao enquadramento tributário de 2018 vai ao
encontro da nova proposta da profissão contador. Não dá mais para ser só um
emissor de guias, de se fazer presente apenas para pagar os impostos. É preciso
estar junto para planejar como isso será feito.
A
empresa contábil que opta pelo básico não contribui como poderia com o
crescimento do cliente. Seu potencial acaba subestimado, o que muitas vezes se
dá até mesmo por desconhecimento.
Vale
lembrar da pesquisa divulgada no ano passado pelo Sebrae, o Serviço Brasileiro
de Apoio às Micro e Pequenas Empresa. O estudo Relação das MPE com os
contadores mostrou certo descontentamento de donos de negócios com o que lhes é
oferecido pelos profissionais contábeis.
Os
resultados indicam que essa percepção por vezes é conduzida por falhas na
comunicação. O empresário quer o contador consultor e esse, por sua vez, quer
agregar valor aos seus serviços. Só que nem sempre eles conversam sobre isso.
Sobre
o enquadramento tributário, por exemplo, a pesquisa do Sebrae revelou o
seguinte:
- Para 84% dos empresários, os contadores poderiam oferecer maior suporte no planejamento tributário
- Mas só 54% já utilizaram o contador para esse serviço.
Os
números são uma prova de que você, contador, pode fazer mais. E também atestam
que o seu cliente deseja isso. Então, você tem no enquadramento tributário de
2018 mais uma oportunidade de ouro para fazer isso acontecer.
Pontos de atenção para a
tomada de decisão
Se
você deseja agarrar a chance e se aproximar do cliente como um verdadeiro
consultor, fez uma boa escolha. O próximo passo agora é identificar como dar a
ele o suporte que seja percebido como uma vantagem real.
Em
primeiro lugar, tenha em mente uma situação óbvia, mas que precisa ser
lembrada. Donos de negócios, salvo exceções, não são exatamente especialistas
em contabilidade, finanças e tributos. Para ele, é mais cômodo ir conforme a
maré e optar pelo Simples Nacional. Afinal, é a escolha tradicional, não é
mesmo?
Cabe
a você se posicionar para que a decisão seja tomada em cima de critérios, de
números e de análises. Não pode o contador ser mais um a apoiar seguir a
maioria sem estudar as peculiaridades da empresa.
O
Simples Nacional só vai se confirmar como a opção mais adequada após uma
análise detalhada. É preciso olhar para o passado, observar o desempenho da
empresa, verificar quanto de impostos foram pagos e passar a projetar o futuro.
Se
a situação enfrentada em 2017 foi positiva, será que isso se confirmará após as
mudanças no Simples em 2018? E caso se confirme, será que outras opções de
regime tributário não podem ser ainda mais vantajosas para o próximo ano?
Por
outro lado, se a escolha pelo enquadramento tributário não se mostrou a melhor,
por qual caminho seguir? O que a situação da empresa e as perspectivas para o
próximo ano indicam quanto a isso?
Vai
de Simples Nacional? De Lucro Presumido? Ou de Lucro Real?
Sozinho,
vale repetir, seu cliente tem grandes dificuldades para decidir. Ele precisa do
suporte de quem mais entende do assunto. Carece do apoio de um verdadeiro
especialista. Então, por que não ser o consultor que pode encaminhar a empresa
do cliente a melhores resultados?
Agarre a oportunidade
A
decisão sobre o enquadramento tributário do cliente reflete uma nova fase das
empresas contábeis. É tempo de sair do básico e trabalhar de forma efetiva para
melhorar os negócios atendidos. Quem fica preso ao passado, se mantém estagnado
em uma zona de conforto que não leva a lugar algum.
Assim
como você, seu cliente deseja ter um desempenho financeiro mais satisfatório.
Por que, então, não fazer do crescimento dele um trampolim para a sua empresa
contábil? Esteja pronto para se posicionar como um consultor. Agarre a
oportunidade que está diante de você.
Fonte:
Jornal Contábil
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