Com
a proximidade do fim do ano, começam a pipocar os convites para festas e
comemorações de fim de ano das empresas. Embora sejam momentos de descontração,
esses eventos merecem atenção dos funcionários para que se evitem situações
embaraçosas e até perigosas do ponto de vista profissional.
“O
funcionário precisa ter bom senso”, alerta o especialista em Psicologia
Organizacional e professor da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, a
FECAP, Marcos Minoru. “Não se pode esquecer que, na festa corporativa, o
funcionário ainda é um convidado e deve respeitar os organizadores”.
Minoru
ressalta ainda que as celebrações de fim de ano são momentos de descontração e
não podem se transformar em espaço para desabafos ou solução de problemas do
ambiente de trabalho – as festas devem ser aproveitadas como foram pensadas,
para descontrair após um ano de muito trabalho. Por isso, é conveniente evitar
falar de eventuais resultados negativos e deixar o assunto para reuniões
internas.
Até
para evitar que celebrações se transformem em discussões entre funcionários,
empresas costumam estimular que diferenças entre colaboradores sejam resolvidas
no momento em que ocorrem. “Estimulamos os funcionários a serem eles mesmos em
todos os momentos, e resolver problemas imediatamente na empresa”, pontua a
gerente de Recursos Humanos da Tupperware Brasil, Andrea Almond.
Evite perigos
É
normal, também, que as festas corporativas tenham bebidas e comidas à vontade.
E é aí que mora um “perigo”. O funcionário precisa ter autoconhecimento e saber
os próprios limites, afinal, não se trata de uma festa comum, com família e
amigos, por exemplo. “É importante evitar ultrapassar limites. Mesmo que não ocorra
nenhuma situação indesejada”, explica Minoru.
Segundo
o professor da FECAP, o brasileiro tem uma “cultura punitiva” sobre
comportamentos considerados inadequados. Em termos gerais, as pessoas não se
esquecem de gafes e exageros, mesmo em momentos de descontração.
Em
todo caso, o funcionário precisa ficar atento à política interna de cada
empresa no que diz respeito às comemorações. “É comum que happy hours de fim de
ano sejam curtos, festas com início, meio e fim”, explica Andrea Almond, da
Tupperware. A curta duração dos eventos acaba sendo uma estratégia, tanto para
empresas quanto para funcionários, a fim de se evitar eventuais excessos. “Como
são mais curtos, não há tempo suficiente para alguém se embriagar demais e
acabar passando dos limites na festa, por exemplo”, explica a gerente de
recursos humanos.
Redes sociais
Outro
ponto de cuidado é com a exposição desnecessárias em redes sociais. O professor
Marcos Minoru alerta para a possibilidade de registros indesejados durante
festas corporativas. “Fora de contexto, fotos e vídeos podem tomar outro
significado”, explica Minoru. Atos simples, como evitar sair em fotos com copos
de bebida, já diminuem possíveis mal entendidos, por exemplo. Na dúvida, vale
seguir o antigo conselho: parcimônia é o melhor caminho.
Festa Segura
Autoconhecimento:
O funcionário deve saber o próprio limite com bebidas e evitar se exceder
durante as comemorações corporativas de fim de ano.
Assuntos
de trabalho: Como o nome sugere, as confraternizações devem ser espaços livres.
As empresas devem evitar discutir resultados ou problemas com os funcionários,
que precisam evitar o espaço para resolver eventuais divergências.
Respeite
o anfitrião: Da mesma forma que numa festa normal, os convidados de uma
confraternização organizada pela empresa devem respeitar o tipo de evento.
Convém deixar para extravasar emoções em encontros particulares.
Redes
sociais: Postar fotos de eventos corporativos é até estimulado por muitas
empresas, mas é bom tomar cuidado com mensagens dúbias. Fotos provocativas,
críticas veladas e exageros serão vistos pelos superiores e podem causar
problemas.
Divirta-se:
As festas são momentos de descontração e devem ser aproveitadas exatamente
dessa maneira.
Fonte:
O Estado de S. Paulo
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