O
sonho de qualquer empresário é saber quais as características do produto que o
consumidor prefere no momento em que olha para uma vitrine. Pois, conhecendo essa
preferência, fica mais fácil realizar uma venda.
E
é justamente para conhecer o comportamento dos compradores que serve o
neuromarketing. Ele é o campo do marketing que se junta com a ciência para estudar
o comportamento do consumidor. É considerado uma chave para o entendimento da lógica
do consumo. Este campo visa a entender os desejos, impulsos e motivações das
pessoas por meio do estudo das reações neurológicas a determinados estímulos
externos.
A
técnica pode dizer à empresa como o consumidor reage em relação à embalagem, a
cor da caixa, ao nome do produto, cheiro, etc., de forma verdadeira. Essa
ciência surgiu da necessidade de entender o comportamento do consumidor nos
momentos que definem a tomada de decisão.
Neuromarketing no Brasil
Com
raras exceções, vindas de grandes empresas, pouco vem sendo feito com
neuromarketing. A maior parte do que tenho visto é um show de horrores baseado em
utilização de elementos de comunicação, PNL e marketing sensorial, o que não
configura um problema, mas a maioria das ações é feita como se fosse neuromarketing,
e isso não acontece.
Algumas
empresas já fornecem o serviço de neuromarketing para marcas famosas no Brasil.
De acordo com a presidente do Conselho Consultivo da Neurobusiness Association,
Suzane Morais, ainda há grande desconhecimento sobre a ciência, mas aos poucos
ela tem sido difundida. “O Brasil começa a despertar para esta realidade, e
teremos muito trabalho pela frente”, afirma.
Microempresas
Se
as grandes corporações ainda utilizam o neuromarketing de forma acanhada, essa
ciência, no campo das micro e pequenas empresas, ainda tem um longo caminho a
percorrer. A orientação de Suzane Morais é que o utilizem de forma aplicada.
“Empresas
de grande porte contratam pesquisas em neuromarketing, que podem ser replicadas
em outras empresas de médio e pequeno porte. Não é necessário que se contrate ou
se invista numa nova pesquisa para a mesma abordagem”, disse.
Um
grande aliado é o uso da tecnologia. “Até pouco tempo atrás os equipamentos
eram muito caros. O avanço tecnológico e o próprio amadurecimento da ciência neuromarketing
possibilitaram que pequenas empresas e agências pudessem adquirir ferramentas e
softwares como o Eye Tracker e o Face- Reader, a custos bem minimizados”,
finalizou.
Algumas dicas básicas de
utilização do neuromarketing
Loja perfumada –
Um perfume traz lembranças e deixa o consumidor mais emotivo. Segundo pesquisa
alemã, uma loja perfumada aumenta em 15% a probabilidade de venda.
Caminho maior –
Escadas rolantes devem ser colocadas em lugar que faça com que o cliente ande a
loja inteira para chegar até ela. O objetivo é fazer que ele passe por diversos
setores e se sinta tentado a comprar.
Cores –
Se você tem uma lanchonete, opte por cores que dão fome – o vermelho, por
exemplo, estimula o apetite. A maioria dos fast foods utiliza essa cor no cardápio,
na bandeja e na embalagem, para que o cliente fique com mais fome, coma mais
rápido e dê espaço para outros consumidores.
Escolha rápida –
Coloque à disposição um cardápio sem muitas opções, pois, se a variedade for
muito grande, o cliente vai demorar mais para escolher.
Coloque primeiro os preços
mais altos – O cardápio deve trazer os preços mais altos, depois
os médios e os mais baixos por último. Vendo os preços maiores primeiro, o
cliente vai ter a ilusão de que o restante vale a pena.
O truque do R$ 0,99 –
Esse vale para vários segmentos. Preços que terminam com R$ 0,99 ou R$ 0,95 são
chamados “preços psicológicos”, pois dão a impressão de serem menores. Um prato
que custa R$ 29,99 parece ser mais perto de R$ 20,00 do que de R$ 30,00.
Descontos simples –
Essa dica também vale para outros segmentos. Você deve colocar descontos que
facilitem que o cliente faça a conta, ou seja, que fique mais simples de
calcular o desconto. Por exemplo, de R$ 10,00 por R$ 8,00 é melhor que de R$
10,00 por R$ 7,89.
Sentido anti-horário –
Pesquisas mostram que clientes gastam 7% mais quando andam no sentido anti-horário,
porque é mais natural para o cérebro. Na direção oposta, há desconforto. Então organize
os produtos da sua loja de forma que faça que o consumidor ande no caminho
natural (anti-horário).
Som na loja –
Esta vale para outros segmentos. Uma pesquisa do Reino Unido revelou que ter som
na loja faz o consumidor ficar mais tempo no ambiente, ter vontade de
recomendar, voltar e gastar mais.
Fonte:
Economia UOL
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