A
fiscalização das relações de trabalho em empresas de pequeno e médio porte deve
se intensificar com a introdução do eSocial, de acordo com Tatiana Carmona,
diretora executiva das áreas Trabalhista e Previdenciária da Ernst & Young,
que participou do encontro do comitê estratégico de Relações do Trabalho, da
Amcham, em 21/08.
Ela
conta que essas empresas passarão a ter monitoramento mais constante e efetivo,
por conta do fácil acesso da Receita Federal a um maior número de dados. Com
isso, contratações informais de profissionais como pessoa jurídica devem
diminuir.
“É
uma prática do mercado como um todo, mas a Receita Federal vem intensificando a
fiscalização desse tipo de contratação e vejo que as empresas já estão
procurando evitá-la. Com o eSocial, a tendência é que isso diminua ainda mais”,
afirma.
De
acordo com Tatiana, o ponto positivo da introdução do eSocial é a equalização
entre as empresas de pequeno e médio porte. “O sistema vai colocá-las no mesmo
patamar e incentivar que elas formalizem as relações de trabalho”, diz.
Contratante e prestador de
serviço: quem envia dados pelo eSocial?
Tatiana
ressalta que tanto a empresa contratante quanto a prestadora de serviço
precisam enviar seus dados para o eSocial. “As empresas precisam garantir e
conscientizar seu contratado de que ele também precisa enviar informações ao
eSocial e elas devem estar alinhadas”, ressalta.
O que as PME podem fazer
para superar dificuldades?
A
dica da EY é fazer um diagnóstico com foco em compliance (conformidade com leis
e regulamentos), tecnologia e transações, para identificar os principais gaps
(brechas) e estabelecer prioridades. Tatiana conta que a medida tem se mostrado
bastante positiva para empresas de todos os portes.
“No
caso de uma empresa pequena, isso é fundamental para que ela saiba exatamente o
foco que precisa dar na preparação e do investimento necessário para as
adaptações”, explica.
Fonte:
Contábeis.com
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