Apesar
de ser um passo fundamental no momento de criar uma empresa, saber como
elaborar um plano de negócios é uma das tarefas que mais assusta os
empreendedores. À primeira vista, isso pode parecer muito burocrático e moroso,
mas a verdade é que colocar as suas estratégias no papel é meio caminho andado
para concretizar suas ideias.
Comecemos
pelo princípio: o que é um plano de negócios? É simplesmente um relato
detalhado daquilo que compõe o seu negócio, como a ideia principal, o
público-alvo, as necessidades a que sua empresa pretende dar resposta, entre
outros tópicos. No fundo, um plano de negócios estabelece objetivos e explica o
modo como você pretende atingi-los.
O primeiro passo para
qualquer empresa
Um
plano de negócios não é só útil para uma startup que precisa de financiamento
ou investimento. Na verdade, é uma ferramenta importante em todos os momentos
da gestão de um negócio. É por isso que deve ser um documento dinâmico, em
constante revisão e atualização, de acordo com o crescimento e as necessidades
dos seus negócios.
Além
disso, ter um plano de negócios pode antecipar problemas e ajudá-lo a lidar com
eles antes que se tornem prejudiciais para a sua empresa. Ele deve se
transformar em um documento de consulta diária, já que é útil na tomada de
decisões, na definição das responsabilidades de cada colaborador e no controle
financeiro do negócio.
Embora
ele possa ser um pouco trabalhoso mesmo, não se assuste: na atualidade, as
companhias valorizam mais os planos de negócio que sejam “descomplicados”,
curtos e fáceis de serem lidos. Começar de forma simples e deixar que o
conteúdo cresça organicamente é a melhor estratégia para os primeiros momentos.
Por que um plano de
negócios é importante?
É
por meio desse documento que uma ideia pode (ou não) ser validada no mercado.
Mais do que definir o que fazer e em qual direção seguir, o plano detalha quais
serão os meios necessários para que você possa atingir esses resultados. De
nada adianta apenas ter boas ideias se, na prática, não há meios de
viabilizá-las.
Podemos
tomar como exemplo uma analogia simples. Imagine que você está em São Paulo e
precisa fazer uma viagem para Santos. Esse é o seu objetivo final. Para que
você atinja esse objetivo há várias maneiras que podem ser empregadas, como
carro, moto, ônibus, a pé e até mesmo de helicóptero.
Cada
uma das alternativas têm os seus prós e os seus contras. Por exemplo, ir a pé é
a opção com o custo mais baixo, mas ela também é a mais demorada, a mais
arriscada e a mais cansativa. Por outro lado, ir de helicóptero é a alternativa
mais cômoda e rápida, mas a o preço a se pagar por isso pode não estar ao seu
alcance – ou não valer a pena.
Portanto,
é no plano de negócios que você dirá onde quer chegar e quais meios empregará
para que isso aconteça bem como qual investimento será necessário em cada uma
das etapas. Note que esse não é um documento definitivo e, por essa razão, ele
está sempre sujeito a mudanças, se necessário.
Como construir um plano de
negócios?
Para
ajudá-lo a enfrentar uma página em branco, abaixo listamos um modelo comum de
plano de negócio. Note que não existe um padrão a ser seguido, mas sim alguns
itens importantes que precisam ser respondidos ao longo do documento.
Por
essa razão, os itens indicados são apenas uma referência e não precisam ser
seguidos ao pé da letra. Pode ser que o seu plano de negócios precise de mais
ou menos elementos, mas os que listamos aqui devem dar conta da maioria das
empresas.
- Sumário executivo: situação atual do projeto, oportunidades de negócio, mercado, modelo de negócio, ações de marketing e aspetos financeiros;
- Objetivos da empresa: objetivos gerais e, se possível, visão, missão e cultura corporativas;
- Plano estratégico: qual é o ambiente global, o microambiente (clientes, fornecedores, concorrência) e o que será feito para a comunicação com esses públicos;
- Estudo de mercado: potencial do mercado, necessidades dos clientes, barreiras à entrada, restrições legislativas, perspectivas e possibilidades a serem exploradas, número de concorrentes;
- Vantagens competitivas: o que faz a empresa se destacar no mercado, onde há mais oportunidades, para onde será direcionado o investimento;
- Clientes diretos: quem são eles, os compradores, os usuários finais;
- Plano de marketing: definição da mensagem, clientes e segmentação, produtos, preços, comunicação e distribuição; quais canais serão utilizados, formas de mensurar o impacto; contratação de pessoal capacitado ou terceirização (agências);
- Plano de vendas: estimulação de vendas, estimulação comercial, quantidade de pessoal necessário, infraestrutura, forma de mensurar resultados;
- Plano de operações: cadeia de valor, atividades críticas, site, redes sociais;
- Organização e recursos humanos: planejamento de recursos humanos, equipe e responsabilidades, política de remuneração (salários, prémios e outros benefícios), planos de carreira, perfil profissional;
- Plano financeiro: plano de investimento, financiamento, custos, recebimentos e pagamentos, tesouraria, balanço, demonstração de resultados, softwares de gestão, profissionais de contabilidade;
- Plano tecnológico: abordagem geral, equipamento de produção, equipamento de escritório, licenças de software, segurança e armazenamento de dados;
- Estrutura jurídica: consultoria, contingências, contratos, resolução de contendas;
- Calendário de objetivos: cronograma, datas limite e datas de reavaliação.
Envolva os gestores no
processo
Se
a sua empresa já está constituída, mas nunca esse aspecto foi observado como
deveria, é chegada a hora de se reunir com os seus gestores para traçar os
planos para o futuro da companhia. Muitas empresas acabam se perdendo no
mercado por não saber avaliar a hora certa de mudar o modelo de negócios.
Se
não houver pessoas com experiência suficiente para essa missão, considere
contratar o trabalho de uma consultoria profissional ou converse com
especialistas de entidades como o Sebrae. Com mais informações e subsídios para
a tomada de decisão, certamente a sua empresa terá um caminho com menos
percalços.
Fonte:
Blog Sage
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