Depois
de muito falar, o eSocial virou realidade para maioria das empresas brasileiras
e vem ocasionando uma revolução nas áreas trabalhistas e de recursos humanos
das empresas. No dia 16 de julho, teve início a segunda etapa de implantação do
eSocial, em que são alcançadas as empresas privadas do País com faturamento
anual de até R$ 78 milhões.
Em
novembro, será a vez das micro, pequenas empresas e Microempreendedores
Individuais (MEIs) se tornarem obrigados. Esses grupos conseguiram o benefício
de uma prorrogação. No entanto, se assim desejarem, podem optar por iniciar em
julho e para tanto, deverão seguir o mesmo calendário de adequação do novo
grupo.
Nas
empresas, o eSocial já tem várias experiências, segundo o último dado oficial
do governo, em 21 de agosto, o eSocial já tinha registrado a adesão de um
milhão de empresas ao sistema. Contudo, a adesão não vem sendo simples para os
responsáveis pelas áreas trabalhistas das empresas.
"O
que observamos é que o processo de adequação realmente é bastante complexo,
devido a uma mudança cultural principalmente dos departamentos pessoais das
empresas. Mas acreditamos que com o tempo as empresas observarão resultados
positivos", conta o diretor da Confirp Consultoria Contábil Richard
Domingos.
Ele
cita como exemplo o trabalho que a Confirp vem realizando, sendo que, com base
nessas mudanças e pesados investimentos em tecnologia, foi desenvolvido um
sistema em que todas as informações trabalhistas sejam centralizadas e
transmitidas para o eSocial, em um ambiente muito seguro para empresas, fazendo
parte do projeto de modernização chamado Confirp Digital.
Quem
já vem utilizando a plataforma realmente teve dificuldades, em um primeiro
acreditava-se que o sistema seria um ponto crítico para a implementação. De
fato, o ambiente digital apresentou falhas, mas o verdadeiro impacto ficou por
conta da imposição de um novo fluxo e ritmo de trabalho.
O
eSocial mudou muitos processos dos profissionais que atuam em áreas como
departamento pessoal e recursos humanos, criando atividades relacionadas à
adequação do sistema de processamento eletrônico de dados, coleta de dados,
formalização de processos e padronização de rotinas.
"Se
observa que se caminha para que trabalhos repetitivos, como cadastros terão um
gargalo no início, contudo, com o tempo o que será valorizado no profissional
será a capacidade técnica e conhecimento da legislação para adequação às
necessidades da legislação, as orientação para empresas é investir qualificação
e conscientização da equipe, para atravessar essa mudança de forma a ter o
menor impacto possível", avalia Domingos.
Fonte:
Jornal do Comércio – RS
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