Poucas
coisas são mais custosas para uma empresa do que bons funcionários pedindo
demissão. Por incrível que pareça, mesmo em tempos de crise, essa reclamação
por parte dos gestores é mais comum do que se imagina. Quando isso acontece,
costuma-se culpar uma série de fatores, mas a verdade é que as pessoas não
deixam trabalhos, mas, sim, seus líderes.
Fazer
a gestão de pessoas durante tempos de crise econômica é uma tarefa difícil. Os
colaboradores são atingidos por uma série de incertezas e preocupações sobre
seu desempenho, sua contribuição e seu futuro dentro da empresa.
Quando
há necessidade de reduzir a equipe, todos sofrem com o excesso de trabalho.
Passar
por esse período difícil com eficiência é essencial para impedir que, ao final
da crise, seus melhores profissionais saiam em busca de uma nova colocação em
outro lugar. Entre os erros mais cometidos pelos líderes que afastam seus
melhores profissionais, podemos citar quatro abaixo.
1. Sobrecarregar seus
melhores talentos
Nada
deixa seus funcionários mais desmotivados do que sobrecarregá-los com trabalho.
É tentador passar as tarefas importantes e mais complexas para os mais
capacitados, no entanto, isso faz com que eles se sintam punidos por seu bom
desempenho.
Um
estudo feito por um grupo de pesquisadores da Universidade de Stanford mostra
que a produtividade cai drasticamente quando as horas de trabalho excedem 50
por semana. Caso queira aumentar a quantidade de trabalho de um profissional,
certifique-se de aumentar também seu status.
Aumentos,
promoções e mudanças de títulos são maneiras aceitáveis de aumentar o fluxo de
trabalho. Sem isso, seus melhores talentos apenas vão se sentir sufocados pelo
trabalho e vão procurar outro emprego.
2. Não reconhecer de
maneira apropriada
Geralmente,
funcionários com melhor desempenho são naturalmente motivados. Isso faz com que
alguns líderes subestimem o poder das ações de reconhecimento e as recompensas
pelo bom trabalho. Os gestores precisam se comunicar com suas equipes para
descobrir o que faz seus talentos se sentirem bem e então recompensá-los por
sua contribuição.
3. Não ligar para o bem
estar do funcionário
Mais
da metade das pessoas que pedem demissão fazem isso por causa de seu
relacionamento com o chefe. Por isso, é preciso que os gestores saibam
balancear seu comportamento profissional e humano.
Esses
profissionais precisam celebrar as conquistas de sua equipe, ter empatia com
aqueles que enfrentam momentos difíceis e desafiá-los constantemente. Porém,
muitos gestores falham em “se importar” com os funcionários e acabam sofrendo
com altas taxas de rotatividade.
Em
condições “normais” já é difícil passar nove horas por dia com alguém que não
se envolve e não se importa com nada além de produtividade. Em um momento de
crise, em que todos sofrem com incertezas, preocupações sobre desempenho e
excesso de trabalho, um relacionamento mais humano é ainda mais necessário para
manter a motivação.
4. Não desenvolver as
habilidades do funcionário
Bons
gestores precisam gerir independente do quanto sua equipe seja talentosa.
Muitos justificam sua falta de envolvimento usando termos como “confiança” e
“autonomia”, no entanto, a gestão de pessoas precisa ser contínua.
Se
sua empresa quer manter seus profissionais mais talentosos, é preciso encontrar
pontos neles que podem ser desenvolvidos. Esses funcionários querem receber
feedback e é dever do gestor mantê-los informados quanto à sua performance.
Por
isso, vale a pena investir em um sistema de gestão de desempenho contínuo, que
permita alinhar performance e potencial e, principalmente, impedir que se passe
um longo período até que o profissional descubra problemas em seu trabalho.
Para
manter seus melhores talentos, é preciso pensar cuidadosamente na maneira como
eles são tratados para fazer com que eles queiram trabalhar e permanecer na sua
empresa.
Fonte:
Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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