Os
empresários brasileiros, em geral, têm aversão a dívidas. Essa aversão era
justificada quando a economia brasileira apresentava sinais de incapacidade de
gestão. Contudo, o Brasil hoje oferece alguma possibilidade de estabilidade
financeira e econômica. O endividamento oneroso tem a vantagem de que o
pagamento de juros pode ser deduzido do lucro operacional para efeito de
cálculo do imposto de renda devido.
Isso
significa a diminuição do tributo na mesma proporção da alíquota do IR. Se
assumirmos uma alíquota de IR de 34%, isso significa que, se uma empresa
consegue se financiar a uma taxa de 10% ao ano, na verdade ela acaba pagando
somente 6,66% de juros, efetivamente.
Assim,
o lucro de uma empresa endividada fica menor se comparado a uma empresa sem
endividamento. Esse lucro menor é a fonte da geração do benefício fiscal.
Existe uma forma de determinar o nível de endividamento ótimo. Normalmente,
esse é o ponto no qual o custo médio ponderado de capital é o menor possível
dada a estrutura de capital da empresa.
Vantagens
- Benefício Fiscal – a empresa pode deduzir do lucro operacional, para efeitos de cálculo de IR, os pagamentos com juros.
- Disciplina – força a empresa a tomar decisões de gestão melhores, pois a dívida deve ser paga.
Desvantagens
- Monitoramento – existem custos indiretos de monitoramento para que a empresa possa se endividar, incluindo a existência de cláusulas (‘covenants’) restritivas.
- Custos de falência – maior endividamento aumenta a probabilidade de falência.
O
ideal é contrabalançar esses efeitos. Se a empresa estiver pouco endividada, um
aumento no endividamento pode gerar mais benefícios que custos. Mas a partir de
um certo nível, o endividamento é ruim. Calcular o nível de endividamento ótimo
é fundamental para aumentar a geração de valor de uma empresa.
Fonte:
Exame.com
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