Segue
para sanção presidencial o PLC 76/2018-Complementar, aprovado nesta terça-feira
(10) pelo Plenário do Senado por 59 votos favoráveis e nenhum contrário. O
projeto permite a readmissão dos microempreendedores individuais, microempresas
e empresas de pequeno porte excluídos do regime especial em 1º de janeiro por
dívidas tributárias.
Para
retornarem ao Simples Nacional, os interessados deverão aderir ao Programa
Especial de Regularização Tributária das Microempresas e Empresas de Pequeno
Porte (Pert-SN) instituído pela Lei Complementar 162, de 2018, que autoriza o
refinanciamento das dívidas fiscais (Refis) das referidas empresas.
De
autoria do deputado federal Jorginho Mello (PR-SC), o PLC 76 determina que a
reinclusão deverá ser pedida, de forma extraordinária, no prazo de 30 dias
contados da data de adesão ao Refis.
Para
o presidente do Senado, Eunício Oliveira, a sanção do PLC fará justiça aos
pequenos empresários de todo o país.
—
Este é um projeto extremamente importante, que atende a 600 mil micros e
pequenas empresas e empresas individuais excluídas do Simples Nacional no veto
presidencial, que nós derrubamos, mas já não havia mais tempo para reinserir
essas empresas. Pautei essa materia com muita alegria — afirmou.
Para
Eunício e vários outros senadores, as pequenas e microempresas são de extrema
importância para o desenvolvimento do país e continuam gerando emprego e renda
mesmo diante de vários anos de crise econômica. Diversos senadores expressaram
apoio à proposta durante a votação.
Marta
Suplicy (MDB-SP) disse que serão beneficiados milhares de empreendedores, o que
permitirá mais geração de emprego e renda:
—
No Brasil, são os pequenos que mais geram emprego — disse.
Ricardo
Ferraço (PSDB-ES) afirmou que quem gera emprego e oportunidades tem que ser
estimulado e apoiado. Para Sérgio Petecão (PSD-AC) e Waldemir Moka (MDB-MS), o
projeto vai corrigir uma injustiça.
Randolfe
Rodrigues (Rede-AP) lembrou que uma das razões do Simples Nacional existir é
justamente facilitar a vida de micros e pequenos empreendedores.
—
O Senado Federal nunca faltou à microempresa — acrescentou Renan Calheiros
(MDB-AL).
O
relator do projeto, José Pimentel (PT-CE), lembrou que o Congresso aprovou uma
lei complementar ainda em dezembro para que as micros e pequenas empresas
pudessem ter um sistema de refinanciamento das suas dívidas nos mesmos moldes
do sistema criado para atender grandes empresas em novembro de 2017.
Mas
o texto foi vetado pelo presidente Michel Temer em janeiro, o que levou à
exclusão de milhares de microempresas do Simples. Em abril, o Congresso
derrubou o veto, reabrindo o direito de essas empresas aderirem ao Simples Nacional
e fazerem o parcelamento das dívidas. Até 2 de julho, 215.321 fizeram o pedido
de parcelamento ao Refis e poderão voltar ao Simples Nacional por não estarem
mais inadimplentes.
Fonte:
Agência Senado
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