Você
já parou para pensar como andam as finanças da sua empresa? O que você poderia
fazer para otimizar o gerenciamento dos seus recursos financeiros? Neste post,
você vai entender melhor o que é fluxo de caixa e como essa ferramenta pode ser
o pontapé inicial para que você organize melhor as suas finanças.
O
fluxo de caixa é, sem dúvidas, uma das ferramentas mais úteis não apenas para
controlar e gerir as finanças empresariais, mas também para tomar decisões de
extrema importância para a organização, como a identificação de necessidade de
cortes, investimentos e até mesmo realocação de recursos ou redefinição de
processos.
Entendendo o que é o fluxo
de caixa
O
fluxo de caixa é uma ferramenta financeira que, apesar do nome, leva em
consideração não só o dinheiro propriamente dito da empresa, mas também os
recursos disponíveis como contas-correntes e aplicações de curto prazo. Essa
ferramenta é essencial para qualquer tipo de negócio, independentemente do
tamanho, e indica a disponibilidade de recursos em um determinado período.
Fluxo de caixa na prática
Mesmo
que você esteja iniciando seu negócio, já pode colocar na sua rotina o fluxo de
caixa. Assim, será necessário separar os saldos inicias de seu caixa e de suas
contas-correntes e daquelas aplicações de curto prazo.
Depois,
utilizando uma planilha eletrônica ou um software de gestão, é só registrar
esses valores, bem como as entradas que serão representadas pelos recebimentos
em sua empresa, valores referentes a clientes e outras receitas, e também as saídas
— representadas pelo pagamento de salários, contas, fornecedores, entre outros
desembolsos.
Após
comparar os saldos iniciais com todas as suas entradas e saídas, você verá que
o fluxo de caixa apresentará os recursos disponíveis em um determinado período
e que podem ser utilizados de acordo com as suas necessidades.
Um passo a passo de como
fazer isso
A
primeira coisa a fazer é organizar as contas da empresa: onde estão
disponibilizados os recursos financeiros da empresa? Existe mais de uma conta
responsável pelos pagamentos ou recebimentos do negócio? Todas elas precisam
estar devidamente organizadas, incluindo a “caixinha” disponibilizada no
financeiro para necessidades corriqueiras.
O
segundo passo é identificar qual o valor inicial disponível nas contas, em cada
período. Com o auxílio de planilhas ou de um software, este valor será
atualizado a cada lançamento e, por isso, é sempre válido conferir se os
valores batem. Determine uma data fixa periódica para conferir, isso ajudará a
identificar falhas processuais e as devidas soluções para elas.
Depois,
categorize despesas e receitas. Apenas números isolados não trarão a análise
necessária para suas decisões de gestor. Por isso, é preciso, além de
especificar quais correspondem a despesas e receitas, categorizar todos eles. A
que cada um dos valores de saída se destinou? De onde vem cada valor de
entrada?
Possibilidades do fluxo de
caixa
E
o que você poderá fazer com as informações do fluxo de caixa? Como é uma
ferramenta financeira, poderá ser utilizada de várias formas na gestão de sua
empresa. Uma dessas possibilidades é o fluxo de caixa projetado, que poderá lhe
dar uma boa noção de suas finanças no futuro, permitindo conhecer
antecipadamente as entradas e desembolsos que serão feitos em um determinado
período.
Outra
utilização, que dependerá do nível de informatização dessa ferramenta, é a
separação das despesas em categorias, o que permite uma análise diferenciada
por tipo e valor que está sendo gasto, o que pode ser utilizado para seu
planejamento, substituições ou até mesmo corte de alguns gastos. Você também
poderá separar os recebimentos por tipo, o que lhe indicará quais são aqueles
clientes que mais compram de sua empresa e também os melhores pagadores.
A importância do
planejamento
Para
que uma empresa tenha sucesso, independentemente do ramo de atuação, é preciso
que ela tenha planejamento. É a previsão de entradas e despesas que vai
determinar quais são as principais ações que uma companhia deve tomar para
crescer e atingir os seus objetivos. Dentro desse escopo, o fluxo de caixa se
mostra essencial.
É
por meio dele que você analisa quais são as sazonalidades, os períodos aos
quais sua empresa está sujeita a receber menos ou gastar mais, e com isso pode
criar um plano de ação para não ficar descoberto. Por exemplo, pode ser que em
um dos meses a sua receita seja menor, mas coincidentemente as suas despesas
são maiores, por conta de impostos.
O
planejamento baseado na análise de fluxo de caixa é que vai permitir que você
provisione uma determinada verba em um dos meses para não comprometer o caixa
em meses mais fracos. Por exemplo, sabendo que no mês de dezembro você precisa
pagar o décimo terceiro salário para os funcionários, é possível criar uma
poupança mês a mês de forma a não fazer com que esse valor pese de uma só vez.
Essa
poupança, inclusive, pode ser criada sob a forma de algum investimento com boa
liquidez. Dessa forma, seu capital segue rendendo, mas provisionado, de forma
que quando chegar a hora de quitar as dívidas não seja preciso tirar tudo do
faturamento do mês. Outra possibilidade é o pagamento antecipado das dívidas:
se essa opção render algum tipo de bonificação, vale a pena analisar a relação
entre rendimento e desconto e julgar qual delas sai mais em conta.
Cuidados ao elaborar seu
fluxo de caixa
É
preciso tomar alguns cuidados para que seu fluxo de caixa seja realmente
efetivo, como relacionar todas as entradas e saídas, independentemente do
valor, e de preferência utilizar um software integrado de gestão que permita
que as informações sejam obtidas de outras áreas, como o departamento de
compras e de vendas.
Fique
atento também à periodicidade da elaboração, ou seja, ao prazo em que são
inseridas as informações — que, de preferência, deve ser diário para que você
tenha a informação em tempo real. Com todos os dados e análises financeiras em
mãos, não se esqueça de atentar-se, em seguida, ao planejamento estratégico de
sua empresa.
Muitos
dos insights gerados por meio desta ferramenta são de grande importância para o
futuro da organização e, por isso, precisam ser considerados em ajustes no
plano inicial. Isso garantirá um crescimento sustentável ao seu negócio!
Algumas dicas gerais para
uma boa gestão de fluxo de caixa
Já
citamos acima alguns conselhos para que você faça um fluxo de caixa de maneira
eficiente. Porém, convêm ressaltar alguns deles. O uso de um software de
gestão, por exemplo, é mais do que essencial. Além de permitir acesso às
informações em tempo real, ele permite que múltiplos membros de uma mesma
equipe tenham acesso aos dados a partir de qualquer lugar.
Delegue
uma pessoa para ser a responsável por gerenciar esses dados. Nas grandes
empresas, os profissionais de contabilidade, em geral, são os responsáveis por
acompanhar mais de perto esses fluxos. É importante que a transição de
informações envolva todos os setores. Um centavo gasto é um centavo que precisa
estar descrito no fluxo de caixa. Caso contrário, você corre o risco de
planejar sobre uma projeção de base pouca sólida e o resultado disso pode ser
desastroso.
Por
fim, não deixe de realizar relatórios mensais ou periódicos. Esses dados
compilados devem ser analisados pelos acionistas, pelos proprietários ou pelos
gestores, de forma a identificar se há margem para redução dos gastos ou mesmo
oportunidades para ampliar as receitas mediante investimentos. Acima de tudo, é
fundamental refletir sobre as informações obtidas, e não apenas arquivar o documento.
O
fluxo de caixa pode ser um elemento vivo para diagnóstico e tomada de decisão
nos seus negócios. Para isso, mantenha-o sempre atualizado e envolva os
responsáveis por direcionar as políticas da empresa para que sempre seja
possível evoluir nesse quesito.
Fonte:
Blog Sage
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