Uma
das novas regras que vem tirando o sono de muita gente com relação ao Simples
Nacional 2018 é a do pagamento de 15,5% no Fator R/Anexo III. A boa notícia é
que existe como não pagar os 15,5% do Fator R/Anexo III do Simples Nacional,
uma vez que ele não é obrigatório.
Contudo,
a lei abre margens que podem beneficiar os contribuintes e, por essa razão,
vale a pena compreender como esse mecanismo funciona e o que você pode fazer
para economizar um pouco mais. Nesse artigo, vamos nos aprofundar um pouco mais
nesse assunto e, quem sabe, dar uma luz a você para que não seja preciso
realizar esse pagamento.
Qual o benefício de não
pagar os 15,5% do Fator R/Anexo III?
Antes
da entrada em vigor desta nova regra, a alíquota era de 6% — portanto, tivemos
um aumento considerável. Sem o Fator R, a alíquota volta ao mesmo patamar que
estava no ano passado. Contudo, para isso é preciso encontrar uma atividade que
tenha relação com o seu trabalho e que não esteja sujeita à incidência do Fator
R.
Essa
avaliação, no entanto, é considerada subjetiva e arriscada por alguns
especialistas, uma vez que a Receita Federal pode surpreender e fazer valer o
Fator R mesmo assim. Dessa forma, essa é uma possibilidade, mas não é a mais
interessante entre elas.
De olho no pró-labore
De
acordo com as regras da Receita Federal, o Fator R é igual ao faturamento
dividido pela folha de pagamento, ou seja, pró-labore + INSS de um profissional
Pessoa Jurídica. Se o seu pró-labore for maior ou igual a 28% do salário bruto,
então será preciso pagar apenas 6% de imposto sobre o valor das notas fiscais.
No
entanto, o Fator R é calculado pelo histórico dos últimos 12 meses. Portanto se
você está com um Fator R baixo, a sua correção natural será somente daqui um
ano. Contudo, aumentar bastante o seu pró-labore pode compensar os meses
anteriores. No primeiro mês a conta vai ser mais alta, mas em médio e longo
prazo o resultado compensa.
Abrir uma nova empresa?
Outra
solução pode ser a de abrir uma nova empresa. Se você obtiver um novo CNPJ na
modalidade Simples Nacional, poderá começar desde já recolhendo um pró-labore
28% maior do que o salário bruto. Tudo vai depender da flexibilidade dos
contratos que você tem em andamento.
O
mais importante, no entanto, é que junto a um profissional de contabilidade,
você tenha acesso às simulações de quais seriam os valores a serem pagos em um
cenário ou outro. Assim, você terá mais segurança para escolher o caminho mais
interessante, podendo fugir dos 15,5% do Fator R/Anexo III do Simples Nacional.
Se mantenha atento
Independentemente
da estratégia escolhida, a dica é calcular todos os meses o Fator R do mês
atual e projetar o dos meses seguintes, ao menos dos próximos doze meses. Isso
porque assim fica mais fácil perceber qualquer tipo de variação que possa ser
prejudicial a você. Não há margem para erros.
Se
o quociente ficar em 27,99%, por exemplo, já será cobrado o imposto de 15,5%.
Portanto, por questão de centavos, você pode acabar se dando mal. Convém não
facilitar. Note ainda que haverá gastos relacionados ao pró-labore e ao INSS, o
que indica que o seu imposto real será superior aos 6%, mas ainda assim abaixo
do novo valor.
Converse
com o seu contador e não deixe o tempo passar. Quanto antes você resolver essa
situação, maiores serão as suas chances de obter uma boa economia.
Fonte:
Blog Sage
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