Com
uma crise econômica sem previsão para terminar, muitas empresas buscam soluções
para cortar custos e garantir sua sobrevivência. O grande desafio é conseguir
fazer isso sem que a eficiência do negócio seja prejudicada.
O
professor de estratégia da Educação Executiva do Insper, Carlos Caldeira,
explica que muitos empreendedores não sabem como reduzir os custos da forma
correta: “Às vezes, a empresa corta o táxi e o cafezinho sendo que tem coisas
muito mais caras que podem ser cortadas”, diz.
José
Sarkis Arakelian, professor da Faculdade de Administração da FAAP, afirma que é
muito comum se preocupar mais com a parte de vendas e acabar esquecendo dos
gastos. “É preciso parar e reavaliar. Comece checando os custos e veja quais
ainda são necessários e quais precisam ser redimensionados”. Caldeira e Sarkis
listaram os aspectos mais importantes para se considerar na hora de cortar
custos e não perder a eficiência:
1. Automação
De
acordo com Caldeira, é sempre bom fazer um projeto de aumento de eficiência
produtiva. Muitas empresas têm custos que não farão nenhuma diferença para sua
eficiência e desenvolvimento. Por exemplo, alguns processos e etapas são
desnecessários para a realização de determinadas tarefas. “A automação é uma
boa saída para reduzir custos. Ela resolve problemas de contratação”, afirma.
2. Terceirização
Esse
é um caso que merece atenção e uma reavaliação. “Às vezes, valia a pena
terceirizar um serviço, mas não agora”, diz Caldeira. Ele ainda afirma que o
processo contrário também pode ser mais vantajoso. Não é raro que uma atividade
interna seja bem mais cara do que se um terceiro a realizasse. A decisão entre
terceirização ou internalização de um serviço mudam de caso em caso.
3. Fornecedores
“O
mercado não está favorável para ninguém. Todos os tipos de empresas estão tendo
que reavaliar seus custos”, afirma Arakelian. É preciso contatar os
fornecedores da empresa e tentar algum tipo de renegociação e um possível
desconto nos produtos e serviços. Além disso, essa também é uma boa hora para
ir atrás de novos fornecedores, que também estão em busca de novos clientes.
4. Custos financeiros
Segundo
Caldeira, os pequenos e médios empreendedores ainda têm dificuldade para
entender os custos associados ao capital de giro. “É algo praticamente
invisível. Muitas empresas percebem que estão perdendo dinheiro, mas nem sabem
apontar o porquê”, diz. É preciso ter uma gestão cuidadosa dos estoques - que
não podem ser muito grandes - e prestar atenção no prazo de recebimento dos
produtos. Quanto maior o prazo de entrega de um fornecedor, maior é o custo da
empresa, que deve ter capital de giro suficiente para suprir esse período.
Fonte:
Revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios
Nenhum comentário:
Postar um comentário