As
novas regras do Simples Nacional já estão valendo e muitos empresários ainda
não se atualizaram sobre o que mudou.
O
importante agora é saber planejar dentro dessa nova realidade. As mudanças para
2018 foram propostas pensando em trazer benefícios tributários aos optantes
pelo Simples. No entanto, nem todos os pontos são positivos. Alguns, se não
forem bem estudados, podem acabar confundindo o empresário, principalmente
quando falamos na nova forma de cálculo.
Por
esse motivo, separamos aqui dez dicas sobre como se planejar para o Simples
Nacional 2018:
1. O contador é o seu
melhor amigo
O
empresário deve estar mais próximo da sua contabilidade nesse momento. Agende
uma reunião com o seu contador o quanto antes, para discutir as mudanças e, se
necessário, faça um planejamento tributário para o ano, com o apoio dele. Além
disso, mantenha contato constante para verificar a evolução mensal dos
resultados.
2. Olho no controle
A nova regra de cálculo prevê que o seu
imposto será cobrado em relação à receita dos últimos 12 meses. Por isso, ter o
controle rigoroso do que foi vendido é essencial para calcular sua alíquota
correta. A gestão financeira profissional será fundamental nessas horas.
Investir em um bom sistema gerencial também pode ajudar e muito!
3. Pensamento no futuro
O
ponto chave do novo cálculo é tentar entender o imposto dos próximos meses.
Mudanças no faturamento irão afetar a alíquota devida, já no próximo período.
Para evitar ser pego de surpresa, o empresário que fizer uma projeção de vendas
e um acompanhamento periódico desse resultado, conseguirá ter maior controle
dos seus impostos. A opção entre regime de caixa e regime de competência também
pode ser estudada para avaliar o impacto, principalmente para quem vende muito
a prazo. Isso ajudará a não mudar o preço, ao consumidor, a todo instante.
4. Atenção à folha de
pagamento
Para
empresas de serviços que estavam no Anexo VI até 2017, o novo enquadramento
dependerá de quanto a folha de pagamento representa no faturamento (o chamado
fator R). O primeiro passo é ficar atento ao custo real da folha, contando
pagamento a autônomos, pró-labore e encargos. Depois, deve-se avaliar qual a
melhor estratégia de pessoal. Se o fator R for abaixo de 28%, isso pode fazer a
empresa ter uma alíquota até 9,5% mais alta no início. Por isso, contratar
novas pessoas para a equipe pode trazer benefícios tributários. Logicamente, o
custo de um funcionário extra também deve ser avaliado, mas ele dará condições
de a empresa expandir o seu negócio. Faça a conta e avalie a melhor opção.
5. Maior regularidade
fiscal
Foi
firmado um acordo de integração de informações entre os órgãos federais,
estaduais e municipais. Com essa troca de dados, a fiscalização será mais
eficaz. Empresários que estão atrasados ou com valores não declarados
corretamente devem procurar se adequar o quanto antes para evitar multas
provenientes dessa fiscalização. Outro caso é de quem possui um parcelamento de
impostos, que também precisará manter os impostos atuais em dia. Deixar de
pagar o atual poderá causar o desenquadramento do Simples.
6. Profissional parceiro é
uma boa
Para
alguns setores específicos, como salões de beleza e barbearias, a comissão dada
ao profissional do serviço poderá ser deduzida do imposto. A empresa só pagará
imposto sobre o que ficar para ela. É uma ótima notícia, mas, para aproveitar
esse benefício, o empresário deve exigir que o profissional parceiro (autônomo
ou MEI) tenha as declarações corretas e emita as notas fiscais.
7. Licitações mais
acessíveis
Para
quem participa de licitações, o prazo para apresentar as certidões negativas só
contará a partir da data do resultado da concorrência. Não é recomendado deixar
para a última hora e, se for o caso, utilize o prazo maior para se regularizar.
As licitações são oportunidades de angariar novas vendas, mesmo para quem tem
alguma certidão ainda a ajustar.
8. Facilidade na logística
internacional
Para
quem quer exportar e precisa lidar com a burocracia, o Simples 2018 permitirá
simplificar a logística e realizar alguns procedimentos de forma eletrônica.
Busque informação com a Receita Federal para aproveitar essa mudança.
9. Linhas de crédito e
investimentos a vista
A
atividade de investidor-anjo pode estar no Simples em 2018. Isso significa que
startups e outras empresas terão mais abertura na hora de buscar investimentos
privados por essa facilidade tributária. Preparem os pitchs! Além disso, bancos
públicos como a Caixa e o BNDES devem incluir linhas específicas para pequenas
empresas (ainda a ser divulgado). Fique atento às informações liberadas por
eles para não perder as chances!
10. O Simples não é o
único regime tributário
Para
quem vende acima dos R$ 3,6 milhões anuais, o ICMS e o ISS serão recolhidos à
parte. Mesmo um pouco abaixo desse valor, já é interessante fazer um
planejamento tributário e verificar se o Simples ainda é vantajoso. Outros
regimes podem gerar benefícios diferentes e empresas com faturamentos elevados
poderão ter grandes economias se estudarem bem essa mudança. Coloque as contas
no papel!
Muitas
alterações propostas foram positivas e devem gerar benefícios aos optantes pelo
Simples em 2018. Mantenha-se atualizado sempre e busque ajustar a empresa para
conseguir melhores resultados.
Fonte:
Tribuna de Minas
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