Especialistas
da área condominial incentivam o reforço no controle da inadimplência nos
condomínios. “Em quadro de crise que se instala o consumidor, não conseguindo
pagar todas as suas dívidas, prioriza a quitação dos débitos com penalidades
maiores como o cartão de crédito, financiamento do carro. A taxa do condomínio,
que hoje tem multa de 2% e juros de 1%, fica por último”, observa o advogado
especialista na área condominial Alberto Calgaro. De acordo com o presidente da
Secovi Florianópolis /Tubarão, Fernando Willrich, a previsão é que a taxa
condominial tenha de ser reajustada acima dos valores de inflação, o que pode
elevar a inadimplência. “Percebemos que os síndicos, preocupados com o cenário,
já estão se movimentando e nos procuram para obter informações a fim de
minimizar os impactos”, diz.
Essa
é a principal recomendação dos especialistas. E quem comprova o bom resultado
dessa rédea firme é o síndico Érico Gomes do residencial Dona Isabel, em
Florianópolis. Contador aposentado, o gestor aplica sua experiência
profissional na cobrança e controle de finanças do condomínio. “Se percebo o
atraso de um mês do pagamento da taxa já aciono o condômino e pressiono para a
quitação. O pagamento, em geral, é realizado em seguida”, conta. “Quanto mais
de perto o síndico acompanha, melhor é a condução da inadimplência”, ressalta
Alberto Calgaro.