A
Escrituração Contábil Fiscal (ECF) veio para facilitar o cruzamento de dados da
Receita Federal, garantindo maior confiabilidade do que é declarado e
reforçando a transparência, segundo o governo. É uma obrigação acessória anual
e deve ser entregue pelo Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) até o
dia 30 de setembro deste ano.
Com
a obrigatoriedade da ECF, em substituição à Declaração de Rendimentos de Pessoa
Jurídica (DIPJ), entre os desafios para as empresas estão o controle e a
análise dos processos internos dos clientes, já que aumenta o nível de detalhes
a serem apresentados. O Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis do Estado
de São Paulo (Sescon-SP) perguntou a seus associados e filiados qual tem sido a
maior dificuldade diante do novo sistema. Para 40% dos empresários consultados,
o principal desafio é a capacitação dos funcionários encarregados pelos
processos.
Em
segundo lugar, aparecem o cumprimento do prazo para entrega das informações à
Receita Federal e a dificuldade de encontrar programas confiáveis para o
gerenciamento das informações. Ambas as alternativas ficaram empatadas com 24%
das respostas cada. De acordo com 12% dos entrevistados, o item que menos
preocupa o setor contábil é o custo para aquisição de equipamentos e softwares
compatíveis com o sistema.
“Com
a chegada desta nova obrigação, é preciso mudança de cultura e de comportamento
dos contribuintes e do setor contábil”, adverte Sérgio Approbato Machado
Júnior, presidente do Sescon-SP. Segundo ele, a ECF não pode ser equiparada à
declaração de IR da pessoa jurídica, visto a riqueza e o detalhamento das
informações exigidas. Além da descontinuidade da DIPJ, também será eliminada a
impressão do Livro de Apuração do Lucro Real.
Fonte:
Uol Economia
Nenhum comentário:
Postar um comentário