Você
sabe como calcular a margem de lucro de um produto ou serviço? A pergunta é
simples e a resposta deveria estar na ponta da língua de todos aqueles que
decidem abrir uma empresa. No entanto, na prática, sabemos que não é bem assim
que as coisas funcionam.
Porém,
estamos aqui para facilitar a sua vida e explicar como se faz esse tipo de
cálculo. Contudo, antes de entramos nesse assunto, é importante fazermos a
revisão de alguns conceitos que serão fundamentais para compreender como o
cálculo de margem de lucro funciona.
Lucro e formação de preço
de venda
Antes
de entendermos o que é margem de lucro, precisamos relembrar o que é exatamente
o lucro. Lucro é todo retorno positivo de um investimento feito por uma pessoa
ou empresa. Por exemplo, se a sua empresa compra peças de automóvel por R$ 50 e
as revende por R$ 75, então você está tendo um lucro de R$ 25 em cada peça.
O
lucro é um fator fundamental para irmos para o próximo passo: a formação do
preço de venda. Por exemplo, só porque a peça custou R$ 50 e você a revendeu
por R$ 75, isso não quer dizer que esses R$ 25 de lucro que sobraram de fato
vão parar no seu bolso. Pode ser que existam outros custos envolvidos na
equação.
A
formação do preço de venda deve levar em consideração tudo isso: os custos
fixos, os custos variáveis e os custos não-operacionais. Por exemplo, suponha
que para obter essa peça por esse valor você precisou pegar o carro e ir até o
município vizinho. Para isso, houve um gasto de combustível – um valor que deve
ser levado em conta.
Há
ainda o tempo do seu funcionário, o valor pago pelo aluguel do imóvel em que
você está, água, luz, telefone… Enfim, há custos ocultos em cada venda que você
faz que precisam ser descritos e diluídos sobre a venda dos produtos. Quando
você obtém esse valor médio, consegue formular um preço de venda mais
condizente com a realidade.
Você
se lembra dos seus R$ 25 de lucro? Se você gastou, por exemplo, R$ 30 de
combustível para ir buscar a peça em outra cidade, é sinal que no final das
contas não valeu a pena e além do seu tempo você perdeu também pelo menos R$ 5.
Fácil de compreender, não é mesmo?
E como funciona a margem
de lucro de um produto?
Agora
que você já refrescou a sua memória com os conceitos de lucro e preço de venda,
vamos entrar em detalhes sobre a margem de lucro. Por margem de lucro,
entende-se o percentual que você espera ganhar após a venda de um determinado
item ou prestação de um serviço.
Ou
seja, sobre cada transação há um percentual que você espera ganhar. Esse número
varia de segmento para segmento. Para fins de exemplificação, vamos supor que
você deseje ganhar 10% sobre cada transação. Nesse caso, você deve calcular
todos os custos do produto e, sobre o valor final, acrescentar a margem de
lucro.
Voltemos
ao exemplo daquela peça. Ela custava R$ 50, mas somando-se todos os custos de
combustível (R$ 30) e mais despesas eventuais diluídas, você chegou à conclusão
que o custo efetivo da peça é de R$ 80. Se você almeja ganhar pelo menos 10%
nessa transação, portanto, o preço mínimo que você pode cobrar por ela é de R$
88 (R$ 80 + 10%, ou seja, R$ 8).
Note
que até então você achava que tinha R$ 25 de lucro, mas na verdade você estava
tendo um prejuízo. É justamente por isso que é importante observar as despesas
fixas e os custos que estão ocultos em cada transação. Negócios que operam com
margens de lucro mais baixas, como 2%, devem redobrar a atenção, sob pena de
trabalhar “de graça” ou mesmo ter que “pagar para trabalhar”.
Qual é a margem de lucro
ideal?
Não
há uma resposta exata para essa pergunta. Especialistas afirmam que no caso de
serviços o recomendado é uma margem de lucro de pelo menos 20%, mas diversos
fatores podem fazer com que atingir esse índice seja inviável. Já na indústria,
a média é de 8% de margem de lucro sobre um produto, mas esse número pode ser
até mesmo de 2%.
Portanto,
tenha em mente que a decisão de quanto será a sua margem de lucro não deve ser
aleatória. Você precisa pesquisar a média do mercado junto aos seus
concorrentes. Além disso, as margens podem variar de produto para produto, o
que torna necessário um cálculo individual sobre cada item.
Fonte:
Blog Sage
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