O
contribuinte que cumpriu a obrigação e entregou até as 23h59 de ontem a
declaração do Imposto de Renda para Pessoa Física (IRPF) de 2018 ainda não pode
descansar. O ideal é que verifique o recebimento do documento pelo Fisco por
meio do site do órgão. Esse acompanhamento permitirá que o contribuinte
descubra se houve algum erro ou inconsistência detectada pelo Leão antes mesmo
de o documento ficar retido na malha fina.
Vivaldo
Barbosa Araújo Filho, integrante do Conselho Federal de Contabilidade (CFC),
aconselha o acompanhamento da declaração para evitar estresse e muita dor de
cabeça no futuro. “O acesso é feito por meio do certificado digital no Central
de Atendimento ao Contribuinte. Se o contribuinte constatar que houve algum
erro ou ficou alguma pendência, é possível fazer rapidamente a correção”,
disse. Segundo o contador, a possibilidade de fazer uma declaração retificadora
foi instituída pela Receita, porque o Fisco não tem interesse em cobranças
surpresas. “Está prezando pelas declarações preenchidas corretamente”,
destacou.
De
acordo com a Receita Federal, o contribuinte que entregou as informações mesmo
com a falta de documentos ou informações fez certo. Rachid explicou que, antes
de o Fisco notificar o contribuinte por qualquer erro ou omissão, a pessoa tem
condições de corrigir os dados em declaração de retificação. “Ao contribuinte
que, eventualmente, falte um ou outro elemento, existe a possibilidade de
retificação. Pode apresentar e retificar. Mas ele precisa ter muito cuidado.
Não é apresentar qualquer declaração, qualquer valor. É necessário ser
consciente, sabendo que, eventualmente, se tiver algum imposto a pagar superior
ao que ele apresentou na declaração, vai ter que pagar essa diferença com os
devidos acréscimos”, destacou.
A
restituição do Imposto de Renda começa em 15 de junho e vai até 17 de dezembro,
seguindo a ordem de entrega das declarações. O governo federal espera pagamentos
de R$ 24,4 bilhões aos contribuintes em 2018, registrando uma alta de 8,7% em
relação ao ano passado. O valor será corrigido pela taxa básica de juros, a
Selic, que está em 6,5% ao ano. A Receita Federal ainda não tem os dados de
quanto será arrecadado com o imposto.
Fonte:
Correio Brasiliense
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