Não
há como fugir: uma das primeiras lições que o gestor deve assimilar muito bem
para o adequado controle financeiro da empresa é a diferença entre fluxo de
caixa e demonstrativo de resultados.
Afinal,
o Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE) e o Demonstrativo de Fluxo de
Caixa (DFC) são dois dos documentos mais importantes para o gerenciamento
econômico-financeiro de uma organização porque viabilizam a análise do status
econômico-financeiro da empresa por meio de duas diferentes e complementares
perspectivas: o regime de caixa e o regime de competência.
Mas
ainda que as siglas DRE e DFC possam causar uma certa confusão, não há motivos
para alarde.
Acompanhe
os tópicos seguintes e saiba como interpretar cada um desses relatórios.
Demonstrativo de
Resultados do Exercício (DRE)
Em
poucas palavras, o demonstrativo de resultados consiste no balanço da empresa,
que deve ser feito com regularidade mensal.
Nesse
documento são discriminadas as receitas, as despesas e, posteriormente, se
obtém o resultado final. Ou seja, o relatório vai mostrar se o negócio gerou
lucro ou prejuízo no período analisado.
Como
se pode perceber, o DRE é muito importante para aferir a viabilidade do
negócio, mas também funciona como um “raio-X” na medida em que indica o momento
no qual o resultado do negócio equivale a zero e deve passar de negativo para
positivo.
Para
simplificar podemos dizer que o DRE indica quantas unidades de determinado
produto devem ser comercializadas para suprir as despesas fixas e variáveis e
os custos de fabricação.
Demonstrativo de Fluxo de
Caixa (DFC)
Por
outro lado, o DFC corresponde ao acompanhamento da situação financeira no dia a
dia. Isto é, o valor que é exibido na conta bancária da empresa e a previsão de
quanto entra e de quanto sai no decorrer dos dias de operação do negócio.
Ou
seja, é no fluxo de caixa que a equipe gerencia as contas a pagar e a receber,
tendo assim a noção de quanto capital será necessário reservar para liquidar as
despesas no futuro.
DRE e DFC, a importância
dos dois relatórios
Resumindo,
ainda que uma empresa opere com aparente lucro, pode apresentar, durante alguns
dias, um saldo negativo na conta bancária.
Para
o devido acompanhamento, o lucro mensal é obtido por meio da análise do
demonstrativo de resultados e o dinheiro disponível em caixa é acompanhado no
fluxo de caixa.
Por
exemplo: ao concretizar uma venda, a empresa gera uma nota fiscal sobre a qual
deverá pagar um tributo. Todavia, a Receita Federal concede o período de um mês
para a quitação dos impostos.
Nessa
situação, o fluxo de caixa deverá discriminar que a organização recebeu pela
venda hoje e só vai pagar no mês seguinte. Em contrapartida, no demonstrativo
de resultados esses impostos deverão ser registrados no mês atual.
Essa
diferença na apresentação dos valores também acontece ao fazer a atualização
das vendas realizadas na opção de pagamento a prazo. Afinal, a empresa pode
concretizar uma venda hoje, mas oferecer um prazo de pagamento em 30 ou 60
dias, por exemplo.
Com
isso, no fluxo de caixa será necessário prever que o dinheiro da transação vai
levar determinado tempo até ser, de fato, adquirido.
Agora
DRE e DFC já não devem ser mais siglas tão confusas para você, correto?
Fonte:
Jornal Contábil
Nenhum comentário:
Postar um comentário