O
Grupo de Trabalho Confederativo do eSocial (GTC) se reuniu mais uma vez, nesta
terça-feira (25/8), no plenário do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). O
grupo – formado por representantes do Ministério do Trabalho, da Previdência
Social, da Caixa Econômica Federal, do CFC, do Sistema S, da Confederação
Nacional da Indústria (CNI), da Confederação Nacional do Comércio (CNC), da
Fenacon, de cooperativas, do SEBRAE e de empresas de softwares –, promove
encontros mensalmente para discutir a melhor forma de implantação do projeto
eSocial, um dos módulos do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped).
Segundo
o representante do CFC no Grupo, Cassius Regis Coelho, o eSocial tem o objetivo
de concentrar num único sistema todas as obrigações trabalhistas e
previdenciárias. O GTC busca equacionar possíveis divergências entre as
necessidades do projeto e as das empresas antes que essas sejam obrigadas a
usá-lo. “Com o GTC, estamos conseguindo que a informação exigida seja mais
simplificada, para que, de fato, facilite a utilização por parte dos
profissionais da contabilidade e traga transparência nas informações para o
cidadão”, explica. Coelho admite, no entanto, que no primeiro momento haverá um
aumento na demanda de trabalho na contabilidade das empresas para que os fluxos
de informação dentro do processo trabalhista sejam adequados às novas regras.
Durante
a reunião, foram anunciadas a disponibilização de dois novos leiautes do
eSocial, o EFD-Reinf, que controla todas as informações sobre retenções de
impostos e o módulo online da Consulta da Qualificação Cadastral. O primeiro
será disponibilizado ainda esta semana e o segundo, na próxima. O módulo online
da Consulta da Qualificação Cadastral permitirá que os empregadores chequem se
os dados do empregado estão corretos nos bancos de dados do governo. “Com o CPF
do empregado, será possível saber se ele tem pendências junto ao Cadastro
Nacional de Informações Sociais (CNIS) e isto é importante porque se os dados
não estiverem completamente corretos, o sistema não aceita o registro do
funcionário”, detalha José Alberto Maia. Caso haja alguma inconformidade o
próprio sistema apontará quais são e informará qual órgão o trabalhador deve
procurar para corrigir a falha.
O
coordenador do Grupo de Trabalho do eSocial do Ministério do Trabalho e do GTC, José Alberto Maia, ressalta que o
comitê já tem grandes conquistas, embora ainda haja muito a ser feito. “Todos
que estamos aqui somos defensores do diálogo e foi este diálogo que permitiu
que conseguíssemos, por exemplo, alterar o cronograma de implantação do
projeto, e é este mesmo espírito que nos levará a implantar o projeto”,
lembrou.
Os
participantes cobraram um retorno mais ágil por parte do Comitê Gestor do
eSocial para as alterações que estão sendo propostas. O representante do
Ministério da Previdência Social, Clóvis Belbute Peres, assumiu a dificuldade
momentânea do Comitê Gestor do eSocial em responder às demandas no tempo
adequado. Os auditores fiscais do Trabalho e servidores da Previdência Social
estão em greve, o que tem dificultado as respostas. Além disto, um módulo do
eSocial, o que rege as relações com os empregados domésticos, deve ser colocado
em funcionamento já em outubro deste ano, o que está sobrecarregando a equipe
do Serpro, responsável pelo desenvolvimento do projeto. Para os demais
empregadores, o eSocial entra em vigor a partir de novembro de 2016, começando
com as empresas com faturamento superior a R$ 78 milhões em 2014. As empresas
que tiveram faturamento de até R$ 78 milhões em 2014 devem começar a usar o
eSocial em janeiro de 2017.
O
coordenador do GTC lembrou que o projeto tem três grandes objetivos que são
assegurar mais direitos aos trabalhadores, beneficiar o empresário reduzindo
custos e simplificando processos e garantir informação de qualidade ao governo.
A
próxima reunião do Grupo de Trabalho Confederativo do eSocial ocorrerá no dia
28 de outubro. Na reunião de julho os participantes foram divididos em nove
subgrupos que se dedicarão a cada um dos módulos do eSocial. São eles
EFD-Reinf, Qualificação Cadastral, Módulos Web, Segurança e Saúde no Trabalho,
Contribuição Sindical Patronal, Ambiente Tecnológico, Processos e Leiaute,
Normativos e Comunicação. Estes grupos devem se reunir antes de outubro para
levar as dúvidas e as sugestões ao próximo encontro.
Fonte:
Conselho Federal de Contabilidade
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