O
senador Paulo Paim (PT-SP) defendeu em Plenário, nesta sexta-feira (31), a
correção da defasagem na tabela do Imposto de Renda. Conforme afirmou, os trabalhadores
enfrentam prejuízos por uma defasagem de 62%, acumulada entre 1996 e 2013,
resultado da diferença entre as correções feitas na tabela e a inflação no
período.
Nos
últimos 15 anos, disse, as correções feitas ficaram abaixo da inflação, fazendo
com que trabalhadores isentos passassem a ser tributados e outros saltassem
para faixa de tributação mais elevada.
O
parlamentar reconheceu que o reajuste da tabela do Imposto de Renda terá
impacto sobre o orçamento da União, dos estados e dos municípios, que partilham
os recursos arrecadados, mas apelou por um entendimento quanto ao índice de
reajuste possível, de forma a recompor o poder de compra dos trabalhadores.
–
Vimos que os interesses dos trabalhadores e os interesses dos entes federados
podem ser conflitantes, mas estou certo de que, com muito diálogo, muita
compreensão e muito discernimento haveremos de chegar a um número consensual
que reponha ao trabalhador o que ele tem de direito e que perdeu – disse.
O
parlamentar também voltou a cobrar o fim do Fator Previdenciário e lembrou que
o tema foi amplamente discutido com os candidatos que disputaram as eleições de
outubro. Paim se disse confiante de que o tema terá prioridade na agenda do
Executivo no próximo ano.
O
senador destacou ainda entendimentos para votação de projeto que trata da
renegociação da dívida de estados e municípios (PLC 99/2013), que deve ocorrer
na próxima quarta (5). Ele explicou que a proposta está sendo negociada há mais
de um ano e tem o aval da presidente Dilma Rousseff.
–
O projeto nasceu no Executivo, foi aprovado na Câmara ainda no ano passado e
depois de acordo que envolveu todos os partidos, definimos que seria votado
agora em novembro. Será votado na quarta-feira, levando alívio para
governadores e prefeitos – afirmou.
Fonte:
Agência Senado
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